Algumas moedas antigas guardadas no fundo da gaveta podem valer verdadeiras fortunas no Brasil. Diversas pessoas até possuem os itens, mas não sabem que eles podem ser vendidos para colecionadores por valores impressionantes.
Em suma, as peças já saíram de circulação no país e não têm mais valor real, ou seja, não podem ser dadas em transações financeiras. Contudo, isso não quer dizer que elas não possuam mais qualquer valor.
Pelo contrário, diversos numismatas gostam de colecionar itens antigos, sem valor real no país, e pagam altas quantias por eles, contanto que tenham características peculiares e estejam em bom estado de conservação.
Entenda a valorização das moedas antigas
Muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares, com destaque para:
- Antiguidade das peças;
- Exemplares fabricados para datas ou eventos comemorativos;
- Modelos com erro de cunhagem;
- Poucas unidades em circulação no país;
- Tiragem reduzida.
Vale destacar que os numismatas não buscam apenas peças antigas. Na verdade, existem diversas características que podem elevar os valores dos itens, principalmente quando eles possuem mais de uma peculiaridade.
A propósito, numismática se refere ao estudo, pesquisa e especialização em moedas, cédulas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico. O termo também designa o ato de colecionar estes objetos.
Conheça as valiosas moedas antigas
Em síntese, algumas moedas antigas de 50 centavos podem valer centenas de reais devido a algumas peculiaridades. Caso você tenham alguma peça antiga em casa, fique atento para não perder a chance de faturar uma boa grana.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica as moedas conforme os pedidos do Banco Central. Cada modelo tem milhões de exemplares produzidos de acordo com a necessidade do país.
As peças devem ser idênticas, visto que a cunhagem ocorre de maneira automática, com as mesmas chapas. Entretanto, alguns itens acabam apresentando defeitos de fabricação, e são estes exemplares que passam a valer muito dinheiro.
Esse é o caso de algumas peças de 50 centavos, fabricadas entre 1976 e 1979, que são consideradas comuns por não possuírem peculiaridades físicas.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, as moedas antigas de 50 centavos podem valer entre R$ 5 e R$ 200, a depender do seu estado de conservação.
Alguns destes itens possuem o reverso horizontal. Para conferir se a peça tem essa falha de fabricação, basta girá-la na vertical, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de lado, significa que ele está na horizontal, e o reverso pode estar em um ângulo de 90º ou 270º.
Já no caso do reverso invertido, o giro também deve acontecer da mesma forma, de cima para baixo ou de baixo para cima. Caso o movimento da moeda deixe o reverso de cabeça para baixo em relação ao anverso, quer dizer que o item está com o reverso invertido.
Estado de conservação dos itens altera valor
Em síntese, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho (FDC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba (SOB) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Ainda existe um estado de conservação chamado flor de cunho excepcional (FDCe). Nesse caso, a moeda se refere a uma exceção, sendo considerada o modelo perfeito, sem qualquer defeito de cunho e marcas de contato, e com todo o brilho original. Essas peças são muito raras e, por isso, seu valor é bem maior que os demais estados de conservação.
Veja como vender os itens raros
Os colecionadores desejam itens sem arranhões e marcas. Logo, aquelas peças que tenham essas características valem bem mais que as demais, justamente por manterem suas formas originais.
As pessoas que tiverem interesse de vender itens raros para colecionadores podem entrar em grupos de colecionadores em redes sociais ou acessar lojas especializadas na compra e na venda destas peças.
Além disso, podem participar de leilões, pois oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das peças a preços mais elevados, bem como buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.