Quando você pensa em uma moeda de 5 centavos, não deve se imaginar sendo capazes de comprar muita coisa. Isso porque esse é o menor valor monetário em circulação no país. Na verdade, essas peças costumam ser utilizadas apenas para troco em transações financeiras, uma vez que não há praticamente nada que se possa comprar no Brasil com essas peças.
Entretanto, um modelo 5 centavos passou a mexer com o imaginário de diversos colecionadores nos últimos tempos. Embora possa ser difícil de acreditar, existem algumas peças que estão valendo até R$ 430, mesmo sendo comum, ou seja, sem peculiaridades que as tornem únicas. Isso acontece, principalmente, por causa da sua baixa tiragem, fator que dificulta a obtenção do modelo.
Nos últimos tempos, a busca por exemplares raros cresceu significativamente no país, e alguns itens chegam a valer centenas ou até mesmo milhares de reais. Foi isso o que aconteceu com um modelo de 5 centavos, que pode parecer comum à primeira vista, mas vale milhares de vezes o seu valor facial devido a algumas peculiaridades buscadas pelos numismatas.
Inclusive, você já ouviu falar em numismática? O termo se refere ao estudo, pesquisa e especialização de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico, e também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens.
Conheça a valiosa moeda de 5 CENTAVOS
No Brasil, uma moeda comum de 5 centavos está com um valor impressionante. Em suma, as seguintes características podem elevar significativamente o valor de algumas peças, pois reduzem as chances que as pessoas têm de encontrá-las em circulação no país:
- Antiguidade;
- Erro de cunhagem;
- Fabricação para data ou evento comemorativo;
- Poucas unidades em circulação no país;
- Tiragem baixa.
A moeda de 5 centavos apresentada neste texto não tem falhas de cunhagem e sua fabricação não aconteceu para data comemorativa. Contudo, a peça se valorizou devido a dois fatores: antiguidade e baixa tiragem.
A saber, o exemplar foi fabricado há mais de duas décadas, em 1999, e faz parte da 2ª família do real, que teve início em 1998. Como faz 25 anos desde a sua fabricação, tornou-se muito difícil conseguir peças de 5 centavos daquele ano, até porque a Casa da Moeda fabricou 6,5 bilhões de peças deste modelo entre 2000 e 2023.
Além disso, a tiragem de 1999 é a menor para a 2ª família do real. Naquele ano, houve a fabricação de apenas 11,26 milhões de unidades, número muito pequeno quando comparado à média de 2000 a 2023, que ficou em 273,2 milhões de unidades por ano.
Aliás, a fabricação de moedas de 5 centavos ficou abaixo de 100 milhões de unidades apenas em 1999, 2000 (28,42 milhões), 2008 (28,67 milhões) e 2019A (97,28 milhões). Por isso que o valor do modelo de 1999 pode chegar a R$ 430, segundo o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, mesmo que a peça não possua qualquer falha de cunhagem, a depender do seu estado de conservação.
Estado de conservação influencia valor das moedas
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho (FC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são peças que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba (S) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
De acordo com especialistas, as pessoas devem manter as moedas armazenadas em saquinhos plásticos ou papel filme e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar luvas para que não haja desgaste do material, pois as peças que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos gastos.
Veja como vender esses itens raros
Os interessados em vender moedas raras para colecionadores podem conseguir isso através das seguintes maneiras:
- Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Acessar lojas especializadas na compra e na venda de moedas raras, tanto físicas quanto online;
- Participar de leilões de moedas raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
- Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.