Muitos brasileiros têm contato diário com moedas, ao receberem troco por compra realizada ou por conta paga. Os itens possuem os menores valores monetários do país e não pelas pessoas.
Contudo, alguns destes itens podem alcançar valores impressionantes no universo da numismática. Aliás, nos últimos tempos, diversas pessoas passaram a demonstrar um grande interesse em moedas raras no país.
Essa popularidade ganhou força com a realização das Olimpíadas na cidade do Rio de Janeiro, em 2016. Para celebrar a realização do evento esportivo mundial em terras brasileiras, o Banco Central lançou uma coleção de moedas olímpicas com 16 modelos de 1 real, e isso despertou o interesse de muitas pessoas.
Cabe salientar que não são apenas peças comemorativas ou fabricadas para datas específicas que fazem sucesso no Brasil. Itens com alguma peculiaridade, mesmo cuja fabricação não tenha acontecido para evento ou data especial, podem se valorizar e valer centenas ou milhares de reais.
Foi isso o que aconteceu com uma moeda fabricada em 2018, com duas falhas de cunhagem registradas em algumas peças. Nesse caso, a valorização aconteceu justamente por causa dos erros, que dificultaram a aquisição destes itens uma vez que eles se tornaram incomuns.
A propósito, numismática se refere ao estudo, pesquisa e especialização de moedas, cédulas e medalhas sob o ponto de vista cultural, histórico e econômico. O termo também é comumente utilizado para designar o colecionismo destes itens.
Erros valorizam moeda de 2018
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central. Os modelos são idênticos, visto que a cunhagem ocorre de maneira automatizada, com as mesmas chapas. No entanto, alguns itens acabam apresentando defeitos, e são estes exemplares que costumam valer muito para os colecionadores.
Foi isso o que ocorreu com o modelo de 1 real de 2018, cuja cunhagem teve erros que elevaram em centenas de vezes o valor dos itens e que podem render uma boa grana para quem possuí-los.
As moedas de 1 real abordadas neste texto têm os seguintes erros: reverso na horizontal e reverso invertido. As pessoas podem conferir se as moedas têm o reverso na horizontal ao girá-las de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a peça, o reverso ficar de lado, significa que ela está na horizontal, algo que não deveria acontecer.
Já no caso do reverso invertido, o giro também deve acontecer da mesma forma, de cima para baixo ou de baixo para cima. Caso o movimento da moeda deixe o reverso de cabeça para baixo em relação ao anverso, quer dizer que o item está com o reverso invertido em 180º em relação ao anverso.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas Brasileiras, o modelo de 1 real de 2018 pode ter os seguintes valores, a depender do estado de conservação e da falha:
- Flor de cunho: R$ 30 e R$ 40;
- Soberba: R$ 70 e R$ 90;
- MBC: R$ 130 e R$ 250.
A propósito, no anverso estão dispostos a efígie da República, bem como os desenhos indígenas no anel e o dístico ‘BRASIL’. Por sua vez, o reverso tem valor, data e alusão ao Pavilhão Nacional e desenhos indígenas no anel, segundo o BC.
Estado de conservação influencia valores
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho (FC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são peças que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba (S) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Cabe salientar que os valores apresentados em catálogos funcionam como uma base para as negociações. Caso o colecionador acredite que vale a pena pagar mais caro pelo item, ele o fará.
Veja como vender as peças raras
Os interessados em vender moedas raras para colecionadores podem conseguir isso através das seguintes maneiras:
- Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Acessar lojas especializadas na compra e na venda de peças raras, tanto físicas quanto online;
- Participar de leilões de moedas raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
- Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar peças raras.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.