As pessoas que compraram imóveis residenciais em julho tiveram que pagar preços um pouco mais caro, em comparação com o mês anterior. Pelo menos foi isso o que revelou o FipeZap – Índice de Preços de Imóveis Anunciados.
Em resumo, o preço de venda de imóveis residenciais subiu 0,61% no Brasil. Contudo, vale destacar que os valores desaceleraram em relação a junho, quando os preços haviam subido 0,71% no país.
No acumulado dos últimos 12 meses até julho, o preço de venda dos imóveis residenciais subiu 6,53%. Esse avanço anual foi bem mais firme do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador considerado a inflação do aluguel.
Em resumo, o IGP-M acumulou alta de 3,82% no mesmo período. Cabe salientar que o indicador estava registrando queda na base anual, mas os valores passaram a subir mais intensamente nos últimos meses, para tristeza dos consumidores.
A saber, o Índice FipeZap analisa o comportamento do mercado imobiliário em 22 capitais e 34 cidades brasileiras. Assim, a Fipe divulga uma média de variação mensal e anual dos preços em todos estes 56 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.
Preços nas capitais nos últimos 12 meses
O levantamento revelou que os preços de venda dos imóveis residenciais subiram em todas as 56 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, incluindo as 22 capitais presentes no Índice FipeZap.
Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas nos últimos 12 meses até julho:
- Curitiba (PR): 14,65%;
- Goiânia (GO): 14,49%;
- João Pessoa (PB): 13,99%;
- Maceió (AL): 12,03%;
- Natal (RN): 11,45%;
- Florianópolis (SC): 10,77%;
- São Luís (MA): 10,77%;
- Belo Horizonte (MG): 10,36%;
- Salvador (BA): 9,26%;
- Manaus (AM): 9,20%;
- Vitória (ES): 7,20%;
- Belém (PA): 7,06%;
- Cuiabá (MT): 7,01%;
- Recife (PE): 6,54%;
- Fortaleza (CE): 6,00%;
- São Paulo (SP): 5,68%;
- Aracaju (SE): 5,27%;
- Brasília (DF): 4,91%;
- Porto Alegre (RS): 3,92%;
- Rio de Janeiro (RJ): 2,19%;
- Teresina (PI): 2,18%;
- Campo Grande (MS): 1,68%.
Esses dados revelam que apenas oito capitais tiveram variações inferiores à taxa nacional. Como estas cidades exercem forte influência no Índice FipeZap, suas taxas menos expressivas puxaram a média do país para baixo, mesmo com várias cidades apresentando altas superiores a 10%.
Veja qual a capital mais cara do país
Em julho, o preço médio calculado para as 56 cidades monitoradas foi de R$ 9.082/m². Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 22 capitais monitoradas:
- Florianópolis (SC): R$ 11.426;
- Vitória (ES): R$ 11.355;
- São Paulo (SP): R$ 11.077;
- Curitiba (PR): R$ 10.132;
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 10.131;
- Brasília (DF): R$ 9.254;
- Belo Horizonte (MG): R$ 8.887;
- Maceió (AL): R$ 8.821;
- Recife (PE): R$ 7.976;
- Goiânia (GO): R$ 7.643;
- Fortaleza (CE): R$ 7.564;
- São Luís (MA): R$ 7.347;
- Belém (PA): R$ 7.125;
- Porto Alegre (RS): R$ 6.770;
- Manaus (AM): R$ 6.679;
- João Pessoa (PB): R$ 6.507;
- Salvador (BA): R$ 6.326;
- Cuiabá (MT): R$ 5.869;
- Natal (RN): R$ 5.527;
- Teresina (PI): R$ 5.461;
- Campo Grande (MS): R$ 5.453;
- Aracaju (SE): R$ 4.716.
Como visto acima, apenas os valores de Vitória, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília ficaram acima da média nacional, impulsionando a taxa anual até julho deste ano. As demais capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.
No entanto, ao considerar todas as 56 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 13.379. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 4.155.
Preço dos imóveis sobe pouco em 2023
A saber, o aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bem tímido em 2023. Assim como aconteceu com a inflação oficial do país, que perdeu força ao longo do ano, o setor de venda de imóveis também viu seus preços crescerem levemente no ano passado.
Em síntese, o Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 4,82%. A taxa desacelerou em relação a 2022 (6,16%), quando os preços tiveram o maior avanço anual desde 2014.
A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 4,62% entre janeiro e dezembro de 2023. Em resumo, o indicador ficou dentro da meta pela primeira vez nos últimos três anos.
Por sua vez, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais foi bem diferente da taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em suma, o indicador acumulou uma queda de 3,18% em 2023, para alívio dos brasileiros. Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais conseguiram pagar mais barato para adquiri-los no ano passado.
Já no acumulado de janeiro a julho de 2024, a maior variação vem sendo registrada pelo Índice FipeZap+, que teve um aumento de 4,34%, acima da variação do IPCA (2,79%) e do IGP-M (1,71%), que, até abril, estava acumulando queda no ano.