O Ministério do Trabalho e Emprego informou que o Brasil criou 201,7 mil vagas de emprego em junho deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2023, o saldo de empregos formais gerados no país foi 29,5% maior. Isso porque, em junho do ano passado, o país criou 155,7 mil postos de trabalho, número bem menor que o observado no sexto mês deste ano.
De todo modo, quase todas as 27 unidades federativas (UFs) fecharam junho com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados, impulsionando o resultado nacional.
São Paulo lidera ranking nacional de emprego
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 23,8% dos empregos formais criados no país em junho. O percentual nacional foi bem menor que o de maio, quando o estado respondeu por 31,7% dos postos de trabalho gerados no país.
Ainda assim, vale destacar que São Paulo ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os dez estados que registraram a maior quantidade de empregos criados em junho:
- São Paulo: 47.957 postos;
- Minas Gerais: 28.354 postos;
- Rio de Janeiro: 17.229 postos;
- Paraná: 13.572 postos;
- Santa Catarina: 10.284 postos;
- Mato Grosso: 9.674 postos;
- Bahia: 8.899 postos;
- Goiás: 8.605 postos;
- Pernambuco: 8.022 postos;
- Pará: 7.893 postos.
Rio Grande do Sul tem saldo negativo no mês
Segundo o Caged, apenas o Rio Grande do Sul fechou vagas de emprego em junho no país, limitando os números nacionais. No entanto, cabe salientar que os números melhoraram em relação ao mês anterior.
Em suma, o estado gaúcho sofreu no final de abril e início de maio com chuvas torrenciais e inundações em quase todo o seu território. Houve diversas perdas humanas e materiais, e isso impactou diretamente no mercado de trabalho gaúcho.
Em maio, o Rio Grande do Sul havia registrado o fechamento de 21.990 postos de trabalho. Já em junho, o número de vagas de emprego fechadas chegou a 8.569, sinalizando dados menos negativos.
Número de vagas de trabalho criadas no ano
De acordo com os dados do Caged, 26 das 27 UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e junho deste ano. No semestre, o Brasil criou 1.300.044 vagas de emprego.
Entre janeiro e junho deste ano, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
- São Paulo: 379.242 vagas;
- Minas Gerais: 162.139 vagas;
- Paraná: 109.913 vagas;
- Santa Catarina: 95.398 vagas;
- Rio de Janeiro: 90.857 vagas;
- Goiás: 67.440 vagas;
- Bahia: 54.435 vagas;
- Mato Grosso: 41.711 vagas;
- Rio Grande do Sul: 38.742 vagas;
- Ceará: 31.529 vagas.
Apenas um estado fechou o semestre com saldo negativo: Alagoas (-8.052 vagas). No entanto, o estado nordestino vem apresentando dados mais firmes, acumulando mais de 5 mil postos de trabalho criados em maio e junho deste ano. Caso a tendência continue, o saldo anual poderá deixar o campo negativo.
Já em relação às regiões brasileiras, os números de vagas de emprego criadas foram os seguintes:
- Sudeste: 662.152 postos de trabalho;
- Sul: 244.053 postos de trabalho;
- Centro-Oeste: 157.925 postos de trabalho;
- Nordeste: 142.332 postos de trabalho;
- Norte: 76.584 postos de trabalho.
Trabalhador ganhou menos em junho
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou menos em abril deste ano. No sexto mês de 2024, o salário médio de admissão foi de R$ 2.132,82, menor que o registrado em maio (R$ 2.137,97). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 5,15 a menos na passagem mensal e nem deve ter notado diferença.
Por outro lado, o salário cresceu em relação ao valor observado em junho de 2023 (R$ 2.089,54). Nesse caso, os trabalhadores ganharam R$ 43,28 a mais. Contudo, não devem ter sentido a diferença devido à inflação mais elevada no Brasil em 2024, que encarece os produtos e serviços e reduz o poder de compra dos consumidores.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Por fim, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.