A Caixa Econômica Federal encerrou na última quarta-feira (31) os pagamentos da parcela de julho do Bolsa Família no Brasil. Agora, milhões de pessoas estão aguardando pela liberação do valor de agosto, mas isso só vai acontecer em alguns dias.
Em resumo, o maior programa social do país busca a inclusão das famílias de baixa renda, garantindo o pagamento mínimo de R$ 600 aos segurados. Com isso, dá mais chances para que essas pessoas tenham uma vida mais digna no país, com uma renda mensal fixa.
Diante da importância do Bolsa Família no país, o temor sempre cresce quando os pagamentos chegam ao fim. Isso porque, até o retorno dos repasses, o governo faz diversas análises nos dados cadastrais dos beneficiários. E, caso haja alguma inconsistência nas informações, o benefício pode ser interrompido.
Esse cenário preocupa muitos segurados, que temem perder o benefício. Aliás, um dos principais questionamentos das pessoas se refere a um novo emprego, uma vez que a renda familiar é um dos requisitos que define o recebimento do auxílio.
Como o Bolsa Família ajuda os inscritos a pagarem as contas todos os meses, eles não querem parar de receber o benefício, mesmo que comecem a trabalhar. Mas será que isso é possível? Saiba tudo sobre o tema neste texto.
Quem consegue um emprego perde o Bolsa Família?
O governo Lula retomou o Bolsa Família no Brasil em março de 2023, promovendo várias mudanças no benefício. Anteriormente, os usuários poderiam ingressar no programa se tivessem uma renda de até R$ 210 por pessoa da família. No entanto, com a nova Regra de Proteção, o valor subiu para R$ 218 mensais.
Esse valor é uma base para incluir novos beneficiários. Logo, apenas as famílias cuja renda individual não supere R$ 218 que terão o Bolsa Família aprovado.
Contudo, as famílias que já recebem o benefício e que registram aumento da renda, superando o valor de R$ 218, não perdem o Bolsa Família de imediato. Porém, isso só acontece se a nova renda mensal por pessoa não ultrapassar meio salário mínimo (R$ 706).
Portanto, as famílias que se enquadram nesta realidade, com a renda por pessoa ficando no intervalo de R$ 218 a R$ 706, recebem metade do benefício por mais dois anos. Dessa forma, os segurados têm mais possibilidades de organizar as dívidas e pagar débitos até que o benefício deixe de ser creditado em suas contas.
Nesse período de dois anos, o governo paga 50% do valor da parcela que as famílias tinham direito ao valor integral. Entretanto, o governo não paga os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes, referentes aos auxílios extras.
Regra de Proteção reduz valor do Bolsa Família em 50%
A saber, o Bolsa Família possui três principais objetivos:
- Combater a fome, por meio da transferência direta de renda às famílias beneficiárias;
- Contribuir para a interrupção do ciclo de reprodução da pobreza entre as gerações;
- Promover o desenvolvimento e a proteção social das famílias, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos jovens em situação de pobreza.
Em síntese, as famílias que registram aumento na renda e saem do grupo das pessoas mais vulneráveis do país perdem o benefício. Inclusive, há outros requisitos que devem ser atendidos para que as pessoas tenham direito ao Bolsa Família. Caso isso não aconteça, não há como receber a parcela do benefício.
Em outras palavras, o Governo Federal poderia retirar imediatamente as famílias que deixam de cumprir algum requisito do programa de transferência de renda.
Entretanto, a Regra de Proteção do Bolsa Família garante o recebimento de 50% do valor por mais dois anos, em caso de aumento de renda, que faça o valor superar R$ 218 por pessoa.
Calendário de pagamentos do Bolsa Família de agosto
Os repasses possuem um padrão e acontecem nos últimos dias úteis de cada mês. O calendário de pagamento da parcela de junho do Bolsa Família já pode ser consultado pelos beneficiários.
Cabe salientar que a Caixa Econômica realiza os repasses conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Dessa forma, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil.
Os pagamentos ainda não tiveram início, mas os beneficiários já podem conferir o calendário completo de pagamentos do Bolsa Família de agosto de 2024:
- 19 de agosto – Beneficiários com NIS de final 1;
- 20 de agosto – Beneficiários com NIS de final 2;
- 21 de agosto – Beneficiários com NIS de final 3;
- 22 de agosto – Beneficiários com NIS de final 4;
- 23 de agosto – Beneficiários com NIS de final 5;
- 26 de agosto – Beneficiários com NIS de final 6;
- 27 de agosto – Beneficiários com NIS de final 7;
- 28 de agosto – Beneficiários com NIS de final 8;
- 29 de agosto – Beneficiários com NIS de final 9;
- 30 de agosto – Beneficiários com NIS de final 0.