Você tem alguma moeda antiga guardada em casa? Fique atento, porque algumas peças podem render uma boa grana, mesmo que possuam um valor monetário baixo no país. Aliás, os valores são elevados até para itens que seguem em circulação no país.
Na verdade, várias pessoas pensam que o valor das moedas cresce porque os itens já saíram de circulação no Brasil e se tornaram uma verdadeira relíquia. Contudo, a antiguidade é apenas uma das características que valoriza as peças.
No geral, as moedas possuem valores muito baixos no país, e os brasileiros veem os itens como peças para troco em transações financeiras. Inclusive, diversas pessoas nem fazem questão de receber as peças, principalmente quando seu valor é de 5 ou 10 centavos, até porque não há praticamente nada que se possa comprar no país com esses valores.
Entretanto, mesmo que as moedas não façam muito sucesso no Brasil, alguns itens podem ser bem valer bem mais que apenas troco. Em suma, os numismatas chegam a pagar verdadeiras fortunas por itens específicos, contanto que eles tenham peculiaridades incomuns.
O que é numismática?
O termo numismática pode causa estranheza em algumas pessoas, mas seu significado é bem simples. Em suma, o nome se refere ao estudo, pesquisa e especialização de medalhas, cédulas e moedas, sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico, bem como ao colecionismo destes itens.
Nos últimos tempos, a quantidade de conteúdos na internet sobre a comercialização de moedas cresceu significativamente no país, refletindo um mercado aquecido, com uma demanda elevada por peças específicas.
No geral, existem algumas características que influenciam o valor de uma moeda, e, quanto mais peculiaridades a peça tiver, mais valiosa ela tende a ficar.
Moeda antiga vale até R$ 350
Nos últimos tempos, uma moeda de 10 centavos passou a mexer com o imaginário dos numismatas. Trata-se de um exemplar fabricado há mais de duas décadas, em 1999, e sua fama cresce com o tempo devido à dificuldade de encontrá-lo.
Naquele ano, a Casa da Moeda, responsável pela fabricação do dinheiro no Brasil, produziu apenas 9,62 milhões de peças de 10 centavos. Essa é a menor tiragem anual do modelo e o número é bem inferior à segunda menor tiragem anual, registrada em 2000 (26,88 milhões).
Essas foram as únicas vezes que a produção anual de 10 centavos foi inferior a 100 milhões de unidades. Na verdade, a tiragem deste modelo costuma ser bem mais expressiva, uma vez que seu valor monetário é muito baixo.
Segundo o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, o valor da peça pode variar entre R$ 15 e R$ 350, a depender do seu estado de conservação. Saiba mais sobre o tema logo abaixo.
A moeda de 10 centavos de 1999 não possui qualquer falha de fabricação, fator que costuma elevar o valor do item. Entretanto, a peça teve uma valorização de 3.500% devido à sua antiguidade e baixa tiragem. Logo, a pessoa que possuir 10 centavos de 1999 pode faturar centenas de reais de maneira rápida e fácil.
Estado de conservação das peças influencia valores
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho (FC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba (SOB) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Colecionadores buscam itens raros
Cabe salientar que os colecionadores procuram peças raras, com características incomuns. Aliás, as principais peculiaridades buscadas nas peças são:
- Antiguidade;
- Erro de fabricação;
- Poucas unidades em circulação no país;
- Produção para data ou evento comemorativo;
- Tiragem baixa.
Todos esses fatores reduzem as chances de os colecionadores encontrarem as peças no país, uma vez que os itens se tornam incomuns, e isso eleva significativamente o seu valor,.
Segundo especialistas, as pessoas devem ter cuidado ao armazenar as moedas e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar luvas para que não haja desgaste do material, pois as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos gastos.
Por fim, os colecionadores desejam itens sem arranhões e marcas. Logo, aqueles que são considerados FC valem bem mais que os demais, justamente por manterem suas formas originais.