Há oito anos, a cidade do Rio de Janeiro sediava as Olimpíadas, evento marcado pelas competições esportivas e pela coleção de moedas lançada pelo Banco Central (BC). Desde então, a numismática só fez crescer no Brasil, atraindo cada vez mais pessoas.
A saber, o BC lançou uma coleção de peças comemorativas das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. Em suma, houve o lançamento de 36 moedas comemorativas, sendo quatro de ouro, 16 de prata e 16 bimetálicas. As últimas foram peças de R$ 1 de circulação comum, sendo utilizadas como as demais peças de mesmo valor.
O lançamento dos modelos ocorreu há muitos anos, e se tornou praticamente impossível encontrar alguma destas peças em circulação no país. Por isso, diversos brasileiros se mostram dispostos a pagarem altos valores pelas moedas.
Embora as peças das Olimpíadas tenham um valor monetário de 1 real, seu valor no universo da numismática pode chegar à casa das centenas ou milhares de reais. Isso acontece porque os numismatas buscam modelos incomuns e escassos, sem se importar muito com o seu valor facial.
A propósito, o termo numismática se refere ao estudo e especialização de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico. O nome também é comumente utilizado para caracterizar o colecionismo destes itens.
Olimpíadas fortalecem a numismática no Brasil
Antes da realização das Olimpíadas 2016, as pessoas não costumavam dar muita importância às moedas no país, e esse universo ficava restrito a poucos brasileiros. Entretanto, após o evento mundial, o alcance desse mundo cresceu fortemente, chegando a pessoas que não demonstravam qualquer interesse pelas peças.
Para comemorar a realização das Olimpíadas no Brasil, o Banco Central lançou 16 moedas exclusivas de 1 real, que se tornaram uma das principais marcas do evento, ainda mais por circularem no país. Os itens traziam estampas de modalidades olímpicas e paraolímpicas, e muita gente acabou se interessando pelos itens.
Confira as modalidades olímpicas:
- Atletismo;
- Boxe;
- Basquetebol;
- Futebol;
- Golf;
- Judô;
- Natação;
- Rugby;
- Vela;
- Voleibol.
Também houve a fabricação de modelos em homenagem às Paraolimpíadas, dedicadas a atletas com algum tipo de deficiência:
- Atletismo paralímpico;
- Natação paralímpica;
- Paracanoagem;
- Paratriatlo.
A Casa da Moeda ainda produziu os modelos dos dois mascotes dos Jogos Olímpicos, em homenagem a Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
- Mascote Tom;
- Mascote Vinícius.
Com o passar do tempo, tornou-se muito difícil encontrar esses modelos em circulação no país. Quando as pessoas recebiam as moedas olímpicas, guardavam ou evitavam a todo custo repassá-las para alguém. Por isso que há tantas ofertas na internet desses itens, pois vários brasileiros ainda desejam completar essa coleção especial.
Moedas das Olimpíadas valem até R$ 1.300
Em síntese, duas moedas do evento esportivo mundial podem ser vendidas por R$ 1.300, segundo o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros. Os modelos representam as modalidades de boxe e rugby e possuem o mesmo erro de fabricação: reverso invertido em 180º em relação ao anverso.
Para conferir se os modelos estão com o reverso invertido, basta girá-los na vertical, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar as peças, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ele está invertido, algo que não deveria acontecer. Como a maioria absoluta das peças não possui esse erro, o valor dos itens com defeito dispara.
Vale destacar que cada modelo olímpico teve uma tiragem de 20 milhões, quantidade considerada muito pequena para os modelos de 1 real, que geralmente têm centenas de milhões de unidades fabricada anualmente. No caso das moedas de boxe e rugby, os itens valem R$ 650. Portanto, as pessoas que tiveram ambos os exemplares poderão ganhar R$ 1.300.
Veja como vender as moedas raras
Os interessados em vender moedas raras para colecionadores podem seguir alguma das seguintes dicas:
- Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Acessar lojas especializadas na compra e na venda de moedas raras, tanto físicas quanto online;
- Participar de leilões de peças raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
- Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar peças raras.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das peças a preços mais elevados.