A taxa de desemprego foi a 7,1% no trimestre móvel de março a maio de 2024. O mercado de trabalho brasileiro vem apresentando uma recuperação firme nos últimos meses, refletindo o bom momento do governo Lula, para alegria de quem busca uma ocupação profissional no país.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego recuou 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (7,8%).
Por sua vez, na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2023, a taxa caiu ainda mais (-1,2 p.p.), já que o percentual estava em 8,3% no período. Em suma, essa foi a menor taxa para trimestres encerrados em maio desde 2014 (7,1%).
População desocupada totaliza 7,8 milhões
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação caiu 8,8% em relação ao trimestre móvel anterior, o que representa uma redução de 751 mil pessoas buscando um emprego no país. Já na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2023, a taxa despencou 13% (redução de 1,2 milhão de pessoas).
A saber, a população desocupada totalizou 7,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio deste ano. Esse é o menor número registrado desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, ou seja, há mais de nove anos que a taxa da população desocupada não atingia um nível tão baixo assim no país.
A propósito, o número havia crescido nos três primeiros meses de 2024 devido à sazonalidade. Por isso, o mais adequado é analisar os dados na base anual, que refletem mais fielmente a variação dos números no país. De todo modo, os resultados ficaram mais positivos tanto na base trimestral quanto na anual.
População ocupada do Brasil chega a 101 MILHÕES
A PNAD Contínua revelou outros dados referentes ao mercado de trabalho brasileiro. Em resumo, a população ocupada somou 101,3 milhões entre março e maio deste ano, atingindo um novo recorde da série histórica, iniciada em 2012.
A taxa cresceu 1,1% na comparação com o trimestre anterior (acréscimo de 1,1 milhão de pessoas). Já na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2023, houve um crescimento de 3,0% da população ocupada (mais 2,9 milhões de pessoas).
Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, “o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes“.
A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 57,6%, crescendo 0,5 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (57,1%) e 1,2 p.p. em comparação ao trimestre de março a maio de 2023 (56,4%), refletindo a melhora do indicador. Aliás, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
Taxa de desalentados chega a 3,3 milhões no Brasil
O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,3 milhões no período. Esse é o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões). A propósito, a taxa caiu 9,4% na base trimestral (menos 344 mil pessoas) e 10,7% na anual (menos 399 mil pessoas).
Segundo o IBGE, a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:
- Não conseguia trabalho;
- Não tinha experiência profissional;
- Era muito jovem ou muito idoso;
- Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
- Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.
Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.
Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,0% entre março e maio de 2024. O nível caiu 0,3 p.p. na base trimestral e 0,4 p.p. na comparação anual.
Saiba mais sobre a PNAD Contínua
De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.
Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.