O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustes em alguns contratos de aluguel, registrou uma inflação de 0,81% em junho deste ano. A taxa é ligeiramente inferior à observada em maio, que foi de 0,89%. Em contraste, em junho de 2023, o indicador apresentou uma deflação de 1,93%, indicando uma queda nos preços naquela época.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com o resultado de junho, o IGP-M acumula uma inflação de 1,10% no ano e de 2,45% nos últimos 12 meses. Esses números refletem a variação dos valores do aluguel no país.
Inflação no Brasil
Os três subíndices que compõem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registraram inflação em junho, embora um deles tenha apresentado queda na taxa. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação de preços no atacado, teve uma taxa de inflação de 0,89% em junho, menos intensa que a de 1,06% registrada em maio.
Em contrapartida, dois subíndices apresentaram aumento na taxa de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que monitora o varejo, subiu de 0,44% em maio para 0,46% em junho. Já a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou de 0,59% para 0,93% no mesmo período.
Esses resultados refletem as variações nos preços de produtos e serviços em diferentes setores da economia. Essas mudanças influenciam diretamente o cálculo do IGP-M, que é utilizado como referência para reajustes em contratos de aluguel e outros ajustes econômicos.
É possível negociar o reajuste do aluguel?
Sim, é possível negociar o reajuste do aluguel. Esse processo pode ser iniciado pelo inquilino ou pelo proprietário do imóvel, e geralmente envolve uma conversa direta entre ambas as partes. O objetivo da renegociação é chegar a um acordo que seja justo e viável para todos os envolvidos.
Primeiramente, é importante estar bem informado sobre o índice de reajuste que está sendo aplicado no contrato de aluguel, como o IGP-M, e a sua variação atual. Com esses dados em mãos, o inquilino pode argumentar sobre a situação do mercado imobiliário, apresentando comparações com outros imóveis semelhantes na região. Argumentos bem fundamentados são importantes para justificar a necessidade de renegociar os valores.
Durante a negociação, é importante que a comunicação seja clara, expondo as dificuldades que possam estar sendo enfrentadas ou as circunstâncias que justifiquem a solicitação de um reajuste menor ou a manutenção do valor atual do aluguel. O proprietário, por sua vez, pode considerar os argumentos apresentados e avaliar a viabilidade de aceitar a proposta, levando em conta a estabilidade do inquilino e a segurança de manter o imóvel alugado a longo prazo.
Caso a negociação direta não seja bem-sucedida, uma alternativa é buscar a mediação de um terceiro, como uma imobiliária ou um advogado especializado em direito imobiliário, para ajudar a chegar a um consenso. Esse intermediário pode facilitar o diálogo e propor soluções que atendam aos interesses de ambos os lados.
Vale ressaltar que a renegociação do reajuste do aluguel é um processo que exige paciência e disposição para o diálogo. No entanto, é possível alcançar um acordo satisfatório para todos.