O Pix, sistema de pagamento instantâneo, alcançou um novo marco na sexta-feira (7). Segundo o Banco Central (BC), foram registradas mais de 400 milhões de transações pelo Pix em apenas 48 horas. Este aumento nas movimentações reflete a popularidade e a conveniência do método de pagamento, que se consolidou como uma das principais escolhas dos consumidores no país.
Entretanto, o crescimento das transações instantâneas também traz à tona uma preocupação crescente com a segurança. O aumento no volume de operações pelo Pix tem sido acompanhado por uma elevação nos casos de golpes e fraudes envolvendo o sistema. Especialistas alertam que, à medida que a ferramenta se torna mais difundida, é importante que os usuários fiquem atentos às práticas de segurança.
Além disso, o Banco Central e outras autoridades devem reforçar as medidas de proteção para evitar prejuízos aos consumidores. A autarquia vem reafirmando seu compromisso em monitorar e aperfeiçoar constantemente os mecanismos de segurança do Pix, visando garantir a confiança e a segurança dos usuários. Com a adoção de novas tecnologias e campanhas, espera-se que os casos de fraude sejam reduzidos, mantendo o Pix como uma opção segura e eficiente para todos os brasileiros.
Chave Pix
De acordo com dados atualizados pelo Banco Central (BC), até maio deste ano, o sistema Pix registrou a marca de 753,56 milhões de chaves cadastradas. Essas chaves são essenciais para identificar contas e facilitar as transações instantâneas entre usuários e instituições financeiras no Brasil.
A chave Pix funciona como um identificador único associado à conta bancária do usuário, permitindo que ele receba transferências e realize pagamentos de forma rápida e simplificada. Existem diferentes tipos de chaves Pix que podem ser cadastradas:
- CPF ou CNPJ: o usuário pode registrar seu CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) como chave Pix. Neste caso, o número do documento funciona como a chave de identificação.
- E-mail: um endereço de e-mail pode ser cadastrado como chave Pix, permitindo que o usuário receba transferências vinculadas a esse endereço.
- Número de telefone: um número de telefone celular pode ser utilizado como chave Pix, simplificando o processo de pagamento para quem prefere utilizar esse tipo de identificação.
- Chave aleatória: o sistema Pix também oferece a possibilidade de gerar uma chave aleatória, um código alfanumérico de até 32 caracteres, que serve como uma alternativa aos métodos de identificação mais tradicionais.
Vale lembrar que o sistema Pix opera 24 horas por dia, todos os dias da semana. A disponibilidade do sistema o torna uma opção conveniente em comparação com os métodos tradicionais de pagamento como TED, que possui limitações de horário e podem demorar mais para processar as transações.
Suspeita de fraudes
Nos primeiros cinco meses de 2024, o Banco Central (BC) do Brasil recebeu aproximadamente 1,6 milhão de solicitações de devolução de valores transacionados via Pix devido a suspeitas de fraudes. Esses números representam quase 7% de todas as solicitações de devolução registradas no período.
As solicitações de devolução são consequência de diversas modalidades de golpes, que vão desde a clonagem de chaves até a engenharia social para convencer usuários a transferir dinheiro para contas fraudulentas. Sendo assim, é importante que os usuários estejam atentos ao utilizar o sistema Pix.