Desde 2021, o Banco Central (BC) implementou o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para facilitar a devolução de valores no sistema Pix, especialmente em casos de fraude. Apesar de ter recebido milhões de solicitações desde então, muitos usuários ainda desconhecem essa ferramenta.
Devido à necessidade de melhorar sua eficácia e acessibilidade, o BC decidiu realizar ajustes no MED. As mudanças visam tornar o processo de devolução mais eficiente, garantindo uma resposta mais rápida e precisa em situações de transações indevidas.
Utilização do Mecanismo Especial de Devolução
Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix apresentou um aumento no número de pedidos de devolução por fraude nos últimos anos. Em 2022, foram registrados 1,5 milhão de solicitações, número que saltou para 2,5 milhões em 2023. No entanto, apenas 9% dessas solicitações foram reembolsadas no último ano.
Os dados de 2024 mostram uma continuidade na alta demanda pelo MED, com 1,6 milhão de requisições de janeiro a maio deste ano. Esses números refletem a crescente incidência de fraudes e golpes utilizando o Pix como meio, destacando a importância de melhorias no sistema de devolução para garantir uma resposta eficiente às vítimas de transações indevidas.
Atualização do MED
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresentou esta semana uma proposta inovadora para o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, visando ampliar suas capacidades de bloqueio e prevenção contra fraudes. Atualmente, o MED permite bloquear apenas a primeira conta que recebeu uma transação indevida. Com o novo modelo, denominado MED 2.0, a ideia é estender esse bloqueio para outras camadas de triangulação financeira.
Segundo a Febraban, essa atualização no MED possibilitará “reduzir a prática das diferentes modalidades de fraudes e golpes utilizando o Pix como meio”. O projeto está previsto para ser desenvolvido ao longo do segundo semestre deste ano, com previsão de implementação até o final de 2025.
Segurança do Pix
O Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, trouxe consigo uma revolução na maneira como as transações financeiras são realizadas no país. Com a promessa de agilidade e praticidade, o Pix se destacou pela sua rápida adoção e integração em diversas plataformas.
Apesar disso, junto com a conveniência veio a necessidade de assegurar a segurança dos usuários. Desde o seu lançamento, o Banco Central e as instituições financeiras têm trabalhado para implementar medidas que protejam os consumidores contra fraudes e golpes virtuais.
Uma das principais ferramentas nesse sentido é o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar a devolução de valores em casos de transações fraudulentas. Apesar dos desafios, como o aumento no número de tentativas de golpes, o MED tem desempenhado um papel importante ao proporcionar aos usuários uma forma mais rápida de recuperar seu dinheiro.
Além do MED, outras medidas de segurança foram adotadas pelas instituições financeiras, que adicionam uma camada extra de proteção durante as transações. De acordo com o BC, foram implementados sistemas de monitoramento contínuo para detectar atividades suspeitas.
Para fortalecer ainda mais a segurança do Pix, o Banco Central tem incentivado a educação financeira da população, promovendo a conscientização sobre práticas seguras ao realizar pagamentos eletrônicos. Isso inclui desde o cuidado ao compartilhar informações pessoais até o uso de senhas robustas e atualizadas.