O rendimento médio real de todos os trabalhos chegou a R$ 3.151 no trimestre encerrado em abril deste ano. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,2 vezes mais que o salário mínimo vigente no país, de R$ 1.412.
Em suma, o valor do rendimento ficou estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior. Já em relação ao trimestre móvel encerrado em abril de 2023, o valor cresceu 4,7%, visto que os trabalhadores do país recebiam, em média, R$ 3.009 no período.
Em outras palavras, os trabalhadores passaram a ganhar R$ 142 a mais em 12 meses, elevação bastante positiva para os profissionais, que sempre torcem por notícias como esta.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta semana.
Veja o rendimento entre as posições
A PNAD Contínua mostrou que, entre as posições na ocupação, o rendimento se manteve estável em cinco categorias em relação ao trimestre anterior. A única exceção foi a seguinte categoria, que fechou o trimestre móvel com um rendimento superior ao dos três meses anteriores:
- Empregado com carteira de trabalho assinada (1,4%, ou mais R$ 40).
Já em relação ao trimestre encerrado em abril de 2023, a renda cresceu em quatro posições, elevando o poder de compra dos trabalhadores. Confira abaixo as posições cujo rendimento cresceu em um ano:
- Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (5,4%, ou mais R$ 247);
- Trabalhador por conta própria (6,0%, ou mais R$ 144);
- Empregado sem carteira de trabalho assinada (6,7%, ou mais R$ 137);
- Empregado com carteira de trabalho assinada (4,2%, ou mais R$ 118).
As únicas exceções foram as categorias empregador e trabalhador doméstico, cujos rendimentos não apresentaram variação significativa em relação ao trimestre móvel de fevereiro a abril de 2023.
Massa de rendimento atinge NOVO RECORDE
Além do crescimento observado no rendimento dos trabalhadores, a massa de rendimento também cresceu no trimestre móvel encerrado em abril, mas apenas na comparação anual.
Em suma, esse resultado é bastante positivo para os trabalhadores do país, e isso aconteceu graças à melhora do mercado de trabalho brasileiro, que impulsionou a renda geral no país.
De acordo com o IBGE, a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 313,1 bilhões. Em resumo, esse valor bateu um novo recorde da série histórica, visto que o IBGE nunca havia registrado um montante tão elevado assim.
Na comparação com o trimestre anterior, a massa de rendimento não apresentou variação significativa, apesar de ter batido recorde. Já em relação ao trimestre encerrado em abril de 2023 (R$ 290,1 bilhões), houve um aumento de 7,9% (ou R$ 23,0 bilhões).
Rendimento fica estável no trimestre entre as atividades
O levantamento também revelou que todos os dez grupamentos pesquisados fecharam o trimestre móvel de fevereiro a abril registrando estabilidade no rendimento dos trabalhadores. A saber, os grupamentos pesquisados pelo IBGE são:
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais;
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;
- Alojamento e alimentação;
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas;
- Construção;
- Indústria geral;
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
- Outros serviços;
- Serviços domésticos;
- Transportes, armazenagem e correio.
Renda dos trabalhadores cresce em 4 grupos no ano
Embora o resultado trimestral tenha apresentado estabilidade da renda dos trabalhadores em todos os grupamentos, o resultado anual foi bem mais positivo para os profissionais.
Segundo o IBGE, a renda cresceu em quatro dos dez grupos pesquisados na comparação com o trimestre encerrado em abril do ano passado. Confira abaixo quais foram:
- Indústria geral (8,5%, ou mais R$ 243);
- Administração pública, defesa, seguridade social e afins (4,0%, ou mais R$ 170);
- Transportes, armazenagem e correio (5,7%, ou mais R$ 159);
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,6%, ou mais R$ 114).
Os demais grupamentos não tiveram variações significativas em relação ao trimestre encerrado em abril de 2023. Isso quer dizer que os trabalhadores não receberam mais que há um ano, mas também não tiveram redução em seu rendimento.
Saiba mais sobre a PNAD Contínua
De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.
Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.