O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta quarta-feira (29) que o Brasil criou 240 mil vagas de emprego formal em abril deste ano. O resultado mostra que o país registrou uma quantidade bem maior de admissões do que de demissões no quarto mês de 2024.
Os dados foram bastante positivos, já que a quantidade de vagas formais de emprego geradas no país superou em 32% os números observados em abril de 2023, quando o Brasil criou 181,7 mil empregos formais. Os números também vieram acima do consenso dos analistas, que acreditavam na criação de cerca de 216,9 mil empregos no mês.
Em síntese, o governo Lula enfrentou desafios no ano passado em relação à geração de emprego, registrando resultados inferiores aos observados em 2022. Entretanto, os últimos meses de 2023 apresentaram dados mais fortes que os do mesmo período do ano anterior, e isso vem se fortalecendo em 2024.
Estes números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A saber, não é mais adequado fazer comparações com os dados referentes a anos anteriores a 2020, pois o governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro modificou a metodologia do levantamento.
Contratações no Brasil chegam a 2,27 milhões em abril
De acordo com os dados do Caged, o mercado de trabalho brasileiro teve os seguintes números em abril deste ano:
- Contratações: 2,27 milhões;
- Demissões: 2,02 milhões.
Com o acréscimo do resultado de abril, o Brasil passou a registrar um saldo de 46,47 milhões de empregos com carteira assinada. Esse número representa um crescimento de 2,7% em relação a abril do ano passado, sinalizando o aumento firme do número de pessoas empregadas formalmente no país.
Veja os números de vagas de emprego criadas
O levantamento do Ministério também mostrou que o setor de serviços se destacou na criação de empregos formais no Brasil em abril de 2024, algo que acontece em praticamente todos os meses.
Veja abaixo quantas vagas foram criadas em cada setor pesquisado:
- Serviços: 138.309 postos de trabalho;
- Indústria: 35.990 postos de trabalho;
- Construção: 31.893 postos de trabalho;
- Comércio: 27.272 postos de trabalho;
- Agropecuária: 6.576 postos de trabalho.
Em resumo, o setor de serviços liderou a criação de empregos no país em abril, já que o setor é considerado o grande empregador do país. Entretanto, os números encolheram 7% em relação a março, quando o setor criou 148.722 postos de trabalho. A propósito, o setor respondeu por 57,6% das vagas criadas no país.
Por sua vez, o setor de comércio, que criado 37,5 mil vagas de emprego no país em março, ocupando a segunda posição, teve a quarta maior taxa de empregos criados, sendo ultrapassado por indústria e construção.
Cabe salientar que a agropecuária havia sido o único setor a registrar mais demissões do que admissões em março e acabou fechando o mês com um saldo negativo. Contudo, o número voltou para o campo positivo em abril, mas seguiu bem abaixo dos demais setores.
Veja o ranking de vagas criadas por região brasileira
O Ministério do Trabalho também revelou dados sobre as regiões brasileiras. Em março, houve a abertura de vagas em todas as regiões do país. Veja os dados de cada uma delas:
- Sudeste: 126.411 vagas de emprego;
- Sul: 45.001 vagas de emprego;
- Centro-Oeste: 24.408 vagas de emprego;
- Nordeste: 23.667 vagas de emprego;
- Norte: 15.745 vagas de emprego.
Os dados mostram que a região Sudeste liderou o ranking nacional em março, mas o número caiu 14,8% em relação a abril (148.304). Aliás, a região concentrou 52,7% da quantidade total de vagas criadas no país, ou seja, mais da metade dos postos de trabalho gerados em abril.
Por sua vez, a região Sul teve um desempenho um pouco mais forte que o observado em março. A região fechou o mês com uma leve alta de 6,5% no número de postos de trabalho criados em relação a março (42.240 vagas), respondendo por 18,7% das vagas nacionais.
Na terceira posição ficou o Centro-Oeste, cujos números ficaram mais fracos em abril (-13%), na comparação com março, quando a região havia criado 28.047 vagas de emprego.
Já a região Nordeste apresentou aumento dos números em abril, na comparação com março. O aumento de 47,5% na passagem entre os meses fez com que a região voltasse à quarta posição nacional.
Já a região Norte seguiu na última posição do ranking, apesar de registrar um forte crescimento de 62,8% na quantidade de vagas de emprego formal geradas em comparação com abril (9.670).
Por fim, os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, não incluindo os trabalhadores informais do país. Portanto, os dados não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD).