O Pix se tornou um dos meios de pagamento mais populares no Brasil, oferecendo transações instantâneas disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana. No entanto, junto com sua praticidade, também surgem preocupações em relação à segurança. Golpes envolvendo o Pix, como QR Code falso, Mão Fantasma e GoPix, têm sido identificados por empresas de cibersegurança, alertando para os riscos associados a esse sistema.
Segundo reportagem do portal Valor Investe, essas práticas fraudulentas têm sido mapeadas por empresas especializadas em segurança digital. Entre os usuários do Pix que foram vítimas de golpes, dados levantados pelo portal indicam que 37% optaram por mudar de banco após o incidente.
Além disso, 31% relataram uma diminuição no nível de confiança na instituição financeira após serem lesados. Esses dados destacam a importância de medidas eficazes de segurança por parte das instituições financeiras para proteger os clientes contra fraudes no Pix.
Embora o Pix tenha se consolidado como uma ferramenta eficiente para transferências financeiras, é essencial que os usuários estejam atentos a possíveis golpes e ajam com cautela ao realizar transações, especialmente ao lidar com QR Codes desconhecidos ou solicitações suspeitas. A conscientização sobre os riscos e a adoção de práticas seguras são fundamentais para garantir uma experiência protegida no ambiente digital de transações bancárias.
Fraudes via Pix
Um estudo encomendado pela Data Rudder revelou que, entre os usuários do Pix que optaram por permanecer no mesmo banco após serem vítimas de golpes, 50,4% afirmaram que considerariam mudar de instituição se sofressem outro golpe Pix na mesma conta. Esses dados, compartilhados pelo portal Valor Investe, evidenciam a preocupação dos clientes com a segurança de suas transações financeiras.
De acordo com o estudo, realizado pela empresa especializada em soluções de data analytics para o mercado de prevenção à fraude, 63% dos entrevistados consideram que a prevenção e o combate aos golpes Pix são de total responsabilidade das instituições financeiras. Para Rafaela Helbing, CEO da Data Rudder, o impacto da falta de confiança do usuário pode ter consequências significativas para a reputação das empresas do setor financeiro.
“Para as instituições financeiras, geralmente o principal agravante não é o valor da fraude, mas o impacto que a falta de confiança do usuário pode ter para a reputação da empresa. Fica evidente que, na própria percepção dos clientes, a segurança é um ponto que deve partir do prestador de serviço. Por mais que os mecanismos antifraude estejam agindo nos bastidores, o impacto deles é perceptível aqui na frente, na proteção de todo o ecossistema financeiro e de todos os seus usuários”, disse.
Como se proteger?
O Pix oferece conveniência e agilidade nas transferências de dinheiro entre pessoas físicas e jurídicas. No entanto, essa praticidade também pode atrair a atenção de criminosos em busca de oportunidades para aplicar golpes. É essencial compreender que, embora o Pix seja seguro, existem medidas que podem ser adotadas para proteger-se contra fraudes.
Os usuários devem sempre verificar os dados do destinatário antes de efetuar uma transferência Pix, especialmente ao usar QR Codes, é uma prática recomendada. Certificar-se de que os dados correspondem à pessoa ou empresa pretendida pode ajudar a evitar possíveis enganos ou golpes.
Além disso, é importante desconfiar de ofertas ou solicitações que pareçam suspeitas ou boas demais. Verificar a legitimidade de propostas de investimento ou transferências de dinheiro via Pix antes de prosseguir é uma maneira de se proteger contra possíveis fraudes.