O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (17) que a taxa de desemprego no Brasil subiu em oito estados no primeiro trimestre de 2024. Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo foram os estados que registraram aumento na desocupação em comparação com o último trimestre de 2023.
Por outro lado, o Amapá foi o único estado a apresentar queda na taxa de desemprego durante o mesmo período. Nas outras 18 unidades da federação, as taxas de desemprego permaneceram estáveis, sem alterações significativas em relação ao trimestre anterior. Estes dados fazem parte da mais recente edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral.
A informação provém da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral. Esta elevação das taxas de desemprego compara-se com os dados do último trimestre de 2023. Os dados indicam uma tendência de aumento na falta de emprego em diversas regiões do país.
Taxa de desemprego no Brasil
O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2024 com uma taxa de desemprego de 7,9%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que havia encerrado com uma taxa de 7,4%.
Apesar do aumento na comparação trimestral, a taxa atual de desemprego no Brasil é menor do que a registrada no mesmo período de 2023, que foi de 8,8%. Isso marca o melhor resultado para o primeiro trimestre desde 2014, quando a taxa foi de 7,2%.
O número absoluto de pessoas desocupadas aumentou 6,7% em relação ao trimestre anterior, alcançando 8,6 milhões de indivíduos. No entanto, comparando-se ao mesmo trimestre do ano passado, houve uma redução de 8,6% no número de desempregados.
Além disso, o rendimento dos trabalhadores brasileiros registrou um aumento de 1,5% em comparação ao trimestre anterior, alcançando o valor médio de R$ 3.123, conforme revelado em dados recentes. Quando observado o crescimento anual, o aumento foi ainda maior, atingindo 4%.
Desigualdades no mercado de trabalho
As taxas de desocupação no Brasil continuam a evidenciar desigualdade entre gêneros e raças, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre de 2024, as mulheres enfrentaram uma taxa de desemprego de 9,8%, superior aos 6,5% registrados para os homens.
A disparidade é ainda mais acentuada nas grandes regiões do país. No Nordeste, por exemplo, a taxa de desocupação entre mulheres atinge 14%, enquanto a menor taxa registrada foi no Sul, com 6%. Esse padrão de maior desocupação feminina é consistente em todo o país.
Além das disparidades de gênero, as diferenças raciais também se destacam nas estatísticas de desemprego. Indivíduos pretos e pardos apresentam taxas de desocupação superiores às de indivíduos brancos. No último trimestre, a taxa para brancos subiu de 5,9% para 6,2%, enquanto para pretos aumentou de 8,9% para 9,7%, e para pardos, de 8,5% para 9,1%.
Essas persistentes disparidades no mercado de trabalho brasileiro destacam a necessidade urgente de políticas inclusivas e eficazes que abordem tanto as desigualdades de gênero quanto raciais. As diferenças nas taxas de desemprego no Brasil não são apenas indicativos de desafios econômicos, mas também refletem barreiras sociais que exigem soluções integradas, envolvendo educação, treinamento, e legislação uma antidiscriminatória.