Os professores de universidades e colégios federais do Brasil, que estão em greve há um mês, receberam uma nova proposta de reajuste salarial do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). A oferta inclui aumentos salariais que variam de 13,3% a 31% até o ano de 2026, embora os reajustes só começariam a ser aplicados a partir de 2025.
A proposta destaca uma mudança na política de reajustes, que agora será diferenciada por categoria salarial, de modo que aqueles que ganham mais receberão o aumento mínimo de 13,3%, enquanto os profissionais com menores salários terão direito ao aumento máximo de 31%. De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), essa oferta representa a última tentativa do MGI de chegar a um acordo com os professores de ensino superior em greve.
Docentes recebem nova proposta
Os professores de universidades e colégios federais do Brasil, representados pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), receberam uma nova proposta de reajuste salarial que prevê aumentos entre 13,3% e 31% até 2026, com a implementação começando apenas em 2025. Diante desta proposta, o Andes anunciou que realizará novas rodadas de assembleias até o próximo dia 27 para decidir sobre a resposta ao governo.
Originalmente, os professores reivindicavam um reajuste de 22,71%, com a expectativa de que o aumento salarial fosse efetuado ainda no segundo semestre deste ano. A proposta atual, portanto, diverge das demandas iniciais dos docentes, o que sugere que as deliberações nas assembleias serão cruciais para os próximos passos do movimento grevista.
Reivindicações da greve
Os professores de universidades federais do Brasil, em greve desde o início de março, ampliaram suas reivindicações além do reajuste salarial. Eles agora exigem do governo a recomposição do orçamento das instituições de ensino superior e a revogação de normas consideradas prejudiciais à carreira docente, implementadas durante o governo anterior.
A recomposição do orçamento das universidades federais é uma demanda crucial para os professores e técnicos administrativos em greve. Este pedido visa restaurar ou aumentar os fundos destinados às universidades após cortes ou restrições orçamentárias enfrentadas nos anos anteriores. A redução no orçamento tem impactado negativamente várias áreas das instituições, incluindo manutenção de infraestruturas, realização de pesquisas, contratação de pessoal e a oferta de cursos e programas para os estudantes.
Os professores e funcionários argumentam que sem a devida recomposição orçamentária, as universidades não conseguem manter a qualidade da educação, realizar inovações ou mesmo expandir suas capacidades de atender mais estudantes. A situação é vista como uma ameaça ao futuro do ensino superior público no Brasil, que é essencial para o desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico do país.
As demandas foram reforçadas na expectativa de uma reunião marcada para a próxima terça-feira (21), na qual o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentará uma proposta não apenas aos professores, mas também aos técnicos administrativos das universidades, que igualmente estão em greve.
A greve e as negociações com o governo não se concentram apenas em ajustes salariais, mas também buscam garantir que as universidades federais possam continuar a contribuir para a sociedade. A resposta do governo a essa demanda será decisiva para determinar o rumo das greves e a satisfação dos envolvidos no movimento.