Existem moedas que são, na verdade, tesouros ocultos. Muitos numismatas – como são chamados os colecionadores de moedas e cédulas – investem pesado em novas aquisições para seus acervos, pagando centenas ou milhares de reais por determinadas peças.
Um exemplo de moeda valiosa é essa aqui, de R$ 1. Ela está à venda no site especializado Numismática Castro por um valor que surpreende: R$ 650. E não é só isso; trata-se de uma promoção! O preço integral do objeto é, na verdade, R$ 800.
Moeda de R$ 1 com rotação de cunho
Observe a seguir a imagem da moeda de R$ 1 que está sendo vendida por R$ 650. Ela sofre de uma curiosa anomalia, resultado de um tipo de erro no processo de produção da moeda, conhecido como “rotação de cunho” ou “reverso invertido”.
Perceba como a impressão do desenho no verso da moeda aparece de cabeça para baixo em relação ao anverso. Os colecionadores geralmente apreciam essas peças por algumas razões, sendo duas das principais:
- Erros dessa natureza não são exatamente comuns; o controle de qualidade das casas de moedas costuma evitar esses incidentes, o que faz de moedas que os possuam sejam mais escassas.
- Moedas com um visual diferenciado costumam ser artefatos interessantes quando se trata de itens colecionáveis; muitos numismatas, aliás, possuem foco total em moedas com esses defeitos de fabricação.
Estado de conservação de uma moeda
Existe ainda um outro fator relevante quando falamos de moedas raras: o seu estado de conservação. Moedas mais bem conservadas são mais difíceis de serem encontradas, já que a tendência natural de uma moeda é que o tempo e o manuseio a danifiquem e interfiram em sua aparência.
Além de serem mais raras por si só, essas moedas mais bem preservadas também são mais brilhosas, atrativas esteticamente. Existe, aliás, uma escala que serve para classificar as moedas em categorias considerando o estado de preservação em que se encontram. Veja:
- Flor de Cunho (FC): moedas com brilho original e nenhum arranhão visível. São as moedas em melhor estado e as mais valiosas.
- Soberba (S): 90% dos detalhes da moeda são nítidos e bem definidos, com apenas pequenas marcas de manuseio, quase imperceptíveis.
- Muito Bem Conservada (MBC): moedas que podem ter um leve desgaste a mais, mas ainda estão em boas condições gerais, com pelo menos 70% dos detalhes originais mantidos.
- Bem Conservada (BC): moedas com sinais moderados de desgaste, mas ainda exibem detalhes visíveis. Não são as melhores moedas, mas também não chegam a ser ruins.
- Regular (R): essas já são moedas mais danificadas, que podem não valer grande coisa. Apenas 25% dos detalhes conservados, apenas com data e legenda visíveis com o uso de lentes.
- Um Tanto Gasta (UTG): moedas que têm desgaste muito pronunciado e poucos detalhes visíveis. Não é possível, em muitos casos, sequer identificar a moeda, e ela tende a não ter qualquer valor para os numismatas, pois deixa de ser colecionável.
Avaliando uma moeda
Sabendo tudo que torna uma moeda rara, bem como seu estado de conservação, fica mais fácil tentar mensurar um valor. Você pode começar fazendo algumas pesquisas em sites focados no assunto, que incluem opções como:
Outra forma de tentar chegar a um valor é vendo quanto outros vendedores estão pedindo por moedas similares as suas. Acesse grupos em redes sociais, plataformas de e-commerce, casas de leilões online e lojas virtuais especializadas para fazer essas pesquisas.
Essas também são sugestões de canais de venda para você. Independente de onde preferir fazer seu anúncio, lembre-se de tirar boas fotos das moedas e fornecer uma descrição detalhada informado qualquer dado que possa ser relevante para o comprador.