Os colecionadores de moedas costumam pagar quantias impressionantes por esses objetos. Determinar se uma moeda é rara, no entanto, envolve várias considerações. Isso porque tais peças podem ser consideradas incomuns por motivos que variam.
Tiragem
Uma das maneiras mais óbvias de tentar mensurar a raridade de uma moeda é pesquisar sua tiragem. Moedas com tiragens baixas são geralmente consideradas mais raras do que aquelas emitidas em maior quantidade. Você pode encontrar informações sobre a tiragem de uma moeda em catálogos de moedas como o que consta no site Moedas do Brasil, por exemplo.
Demanda
Em muitos casos, você deverá se inteirar acerca da demanda por uma moeda específica, pois esse fato também pode interferir em seu status e seu valor. Uma boa forma de tentar compreender as demandas dos colecionadores é acessando fóruns, sites de leilão e grupos de colecionadores.
Particularidades
Moedas com características únicas, como defeitos de fabricação ou variantes de design, por exemplo, podem ser altamente valorizadas pelos colecionadores devido à sua singularidade. Alguns erros de cunhagem conhecidos por valorizar moedas incluem:
- Reversos invertidos.
- “Bifacialidade” (moedas com os dois lados iguais).
- Disco descentralizado ou irregular.
- Duplicações ou alterações nas imagens de face.
- Cunho quebrado ou rachado.
Confira abaixo imagens de alguns exemplos de moedas com erros de cunhagem:
Disco irregular
Duplicação no design
(Repare como o efeito da duplicação faz parecer que está escrito “Brasil-sil”).
Reverso invertido
Exclusividade
Algumas moedas com designs exclusivos também podem ser raras e valiosas. Esse é o caso das moedas comemorativas, lançadas para celebrar eventos, datas, pessoas ou outras ocasiões importantes e/ou especiais. Essas moedas podem ter um visual único que chama a atenção dos colecionadores.
Veja abaixo exemplos de moedas comemorativas:
Moeda Juscelino Kubitschek
Moeda da bandeira Olímpica
Moeda dos Direitos Humanos
Estado de Conservação
O estado de conservação de uma moeda pode afetar sua raridade e valor. Isso porque o caminho natural de uma moeda é ficar desgastada com o tempo, afetada pela circulação. Isso quer dizer que moedas bem preservadas são simplesmente mais difíceis de serem encontradas.
Existe até mesmo uma escala usada para classificar cada moeda com base em seu grau de conservação. Aqui estão algumas categorias comuns usadas para descrever o estado das moedas, da melhor para a pior condição possível:
- Flor de Cunho (FC): moeda em “estado de menta”; em condições perfeita, sem sinais de desgaste. Geralmente é uma moeda brilhosa, com aparência de nova. É o mais alto grau da escala e representa as mais desejadas moedas.
- Soberba (S): essa moeda não tem quase nenhum desgaste perceptível, estando em estado de conservação excelente, com desgaste muito leve. 90% dos detalhes originais estão plenamente conservados.
- Muito Bem Conservada (MBC): moeda com desgaste ainda leve, com 70% dos detalhes mantidos. É possível que ela apresente algumas marcas de manuseio mais evidentes, mas não há danos significativos. Ainda é uma moeda que pode ser muito valiosa.
- Bem Conservada (BC): moeda de nível intermediário, com cerca de 50% de conservação quanto a seus detalhes originais.
- Regular (R): moeda com desgaste maior, com detalhes prejudicados, preservando somente 25% dos mesmos. No entanto, para se enquadrar nessa categoria, deve ser possível visualizar a legenda e data da moeda com o uso de lentes ou lupas.
- Um Tanto Gasta (UTG): uma moeda em péssimo estado, com poucos ou nenhum detalhe visível. Não é fácil de ser identificada e pode ter partes faltando ou arranhões profundos. Na maior parte das vezes, uma moeda desse tipo deixa de ser colecionável e perde todo seu valor.