Essas moedas de 10 centavos valem bem mais do que você poderia imaginar. As peças que você está prestes a conhecer estão sendo vendidas por milhares de reais. Acredite, os colecionadores desses objetos pagam quantias impressionantes por eles.
Existem muitas fatores que podem contribuir para o grau de raridade de uma determinada moeda. Um dos principais é a quantidade de exemplares fabricados. Moedas com tiragens mais limitadas são mais escassas, e, como consequência, mais difíceis de serem encontradas.
Para além disso, existe ainda a questão das particularidades que uma moeda pode ter. É comum, por exemplos, que moedas afetadas por erros de cunhagem sejam especialmente desejadas em razão da singularidade emprestada pelo defeito de produção.
Moedas de 10 centavos que são muito valiosas
As moedas de 10 centavos aqui listadas são exemplos de moedas com erros de cunhagem. Elas possuem um tipo de falha conhecida como “cunho trocado”. Isso, basicamente, é quando o disco destinado à cunhagem de uma moeda é utilizado na fabricação de uma unidade de outra denominação. Observe os exemplos para entender melhor:
Moeda de 10 centavos com cunho de 5 centavos
A primeira moeda é essa de 1994, que, apesar de ser uma moeda de 10 centavos, foi cunhada em um “molde” destinado às moedas de 5 centavos. Essa peça curiosa está à venda por incríveis R$ 1,2 mil no site especializado Numismática Castro.
Moeda de 10 centavos com cunho de 1 centavo
A próxima moeda é bem similar a última, com a diferença de que o cunho trocado não foi de 5 centavos, mas sim de 1. O preço pedido por essa moeda no mesmo site é ainda mais alto: R$ 1,5 mil.
Por que erros de cunhagem tornam a moeda rara?
Erros de cunhagem podem tornar uma moeda rara por várias razões. Em primeiro lugar, moedas assim são relativamente raras devido à sua natureza incomum. A maioria das moedas é produzida com precisão e de acordo com os padrões de qualidade das casas de moedas.
Devido à essa raridade, adquirir moedas com erros de cunhagem pode ser um desafio para os colecionadores, o que também aumenta o prestígio e procura por essas peças. Claro que o tipo de erro e o tamanho de seu impacto no visual da moeda também vão interferir no valor final da moeda.
Nem todos os erros de cunhagens são dramaticamente valiosas. Além disso, existe uma outra questão importante e que precisa ser levada em conta: o estado de conservação de uma moeda. Esse é um critério fundamental na avaliação das moedas.
Estado de conservação das moedas
O estado de conservação é um fator crucial para os colecionadores. Moedas mais bem conservadas são mais valiosas, pois sua aparência geral é mais atrativa e elas também são mais escassas que moedas gastas. Existe uma escala usada para fazer a classificação das moedas em categorias:
- Flor de Cunho (FC): é a categoria mais alta de estado de conservação. Moedas em Flor de Cunho estão em perfeitas condições, sem sinais de desgaste ou danos. Elas geralmente têm um brilho chamativo e nenhum arranhão visível.
- Soberba (S): a moeda Soberba é de alta qualidade, com apenas pequenos sinais de desgaste, vindo logo depois da Flor de Cunho. 90% dos detalhes originais da moeda estão preservados, sendo estes nítidos e bem definidos.
- Muito Bem Conservada (MBC): moedas nessa categoria têm um desgaste leve, mas ainda mantêm a maioria dos detalhes bem definidos (mínimo 70%). Algumas marcas de manuseio podem ser visíveis, mas não afetam de forma importante a aparência da moeda.
- Bem Conservada (BC): sinais moderados de desgaste, mas ainda exibem detalhes visíveis (50%). O desgaste pode ser mais evidente nos pontos mais altos da moeda. É uma moeda “intermediária” no que diz respeito ao grau de preservação.
- Regular (R): os detalhes podem ser difíceis de distinguir, estando apenas 25% presentes. É uma moeda gasta, que já pode ser considerada “ruim”.
- Um Tanto Gasta (UTG): é a categoria mais baixa de estado de conservação. São moedas muito danificadas e, geralmente, sem valor para colecionadores.