O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência para a inflação oficial do país, apresentou uma alta em abril deste ano, atingindo uma taxa de 0,38%. Os números, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10), revelam um aumento em relação ao mês anterior, que registrou 0,16%, porém, ficou abaixo do índice apurado no mesmo período do ano passado, que foi de 0,61%.
O acumulado do IPCA no ano já alcança 1,8%, de acordo com os dados do IBGE. Em um horizonte de 12 meses, a inflação acumulada atinge 3,69%. Apesar do aumento em relação ao mês anterior, este número ainda permanece abaixo dos 3,93% acumulados até março deste ano.
É importante destacar que a taxa acumulada de 3,69% está dentro do limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano vigente, que varia entre 1,5% e 4,5%. Essa variação indica que a inflação está sob controle e dentro das expectativas estabelecidas pelo governo, oferecendo uma perspectiva estável para a economia nacional.
Alimentos e saúde impulsionam inflação em abril
Os alimentos e os gastos com saúde e cuidados pessoais foram os principais responsáveis pelo aumento da inflação em abril deste ano, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo de despesas alimentação e bebidas registrou uma alta de preços de 0,7% no mês, impulsionado por diversos itens.
Destacam-se o mamão, com uma elevação de 22,76%, seguido pela cebola (15,63%), tomate (14,09%) e café moído (3,08%). Já no grupo de saúde e cuidados pessoais, houve uma elevação de preços de 1,16%. Os produtos farmacêuticos foram os que mais se destacaram, com um aumento de 2,84%.
Este aumento foi influenciado pela autorização de reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos, que entrou em vigor a partir de 31 de março. Esses números refletem os desafios enfrentados pelos consumidores no momento atual, com os preços de alimentos e produtos de saúde impactando diretamente o orçamento familiar.
Preços de medicamentos
O mês de abril também trouxe variações nos preços de medicamentos. Entre os remédios, os antidiabéticos lideraram as altas de preço, com um aumento de 4,19%. Seguiram-se os anti-infecciosos e antibióticos, com um aumento de 3,49%, e os hipotensores e hipocolesterolêmicos, com 3,34% de aumento.
Por outro lado, os artigos de residência e habitação apresentaram uma deflação, ou seja, uma queda de preços. Os artigos de residência tiveram uma deflação de 0,26%. Os custos relacionados à habitação registraram uma leve deflação de 0,01%.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os demais grupos de despesas também registraram variações em suas taxas de inflação. No mês de referência, observaram-se os seguintes aumentos: vestuário (0,55%), comunicação (0,48%), transportes (0,14%), despesas pessoais (0,10%) e educação (0,05%).
Esses dados destacam a importância de acompanhar de perto os índices de inflação e entender como eles podem impactar o orçamento doméstico. Vale lembrar que a inflação afeta não apenas o preço dos produtos básicos, como alimentos e remédios, mas também despesas cotidianas e investimentos futuros, como mensalidades escolares e custos de transporte.