Você se recorda das moedas comemorativas das Olimpíadas? Essa série de moedas foi lançada para celebrar a realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, em 2016. Hoje, oito anos depois, essas peças podem ser mais valiosas do que seus valores de face indicam.
As moedas, de R$ 1, traziam em um dos lados o valor nominal e ano de cunhagem, enquanto do outro podia-se ver estampadas modalidades esportivas variadas, que incluíam:
- Atletismo
- Natação
- Golfe
- Paratriatlo
- Basquete
- Vela
- Rugby
- Paracanoagem
- Futebol
- Vôlei
- Judô
- Atletismo paralímpico
- Boxe
- Natação paralímpica
O valor de cada moeda, de forma individual, varia. Algumas fontes afirmam que a maioria das moedas pode ser vendida por valores entre R$ 12 e R$ 20. Isso, porém, depende de alguns fatores, sendo um dos mais relevantes o estado de conservação da moeda.
Estado de conservação da moeda
O estado de conservação é extremamente importante ao determinar o valor de uma moeda. Duas moedas idênticas, mas em estados de conservação distintos, podem ter valores significativamente diferentes. Por exemplo, se um exemplar está em estado de conservação “Flor de Cunho” (FC) ou “Soberba” (S), e o outro está em estado de conservação “Bem Conservada” (BC) ou “Regular” (R), a primeira moeda provavelmente terá um valor mais alto.
Isso ocorre porque moedas em melhores condições de conservação são mais desejáveis para os colecionadores. Elas tendem a ter detalhes mais nítidos, menos desgaste e uma aparência geral mais atraente. Em contrapartida, moedas em estados de conservação inferiores podem ter detalhes apagados, desgaste pronunciado e até mesmo danos visíveis, o que diminui seu valor.
Escala da conservação
Existe uma escala dentro da numismática – ciência que estuda moedas e medalhas – que serve o propósito de classificar as moedas de acordo com o seu grau de preservação. Confira abaixo a escala completa:
- Flor de Cunho (FC): estado praticamente novo, sem sinais de dano ou desgaste. A moeda tem uma aparência brilhante e não possui marcas de manuseio. É a moeda perfeita.
- Soberba (S): uma moeda que está em excelente estado de conservação, vindo logo depois da moeda em Flor de Cunho. Pode apresentar algum desgaste mínimo em algumas áreas, mas conserva ao menos 90% dos detalhes originais.
- Muito Bem Conservada (MBC): uma moeda em bom estado, que pode ser valiosa. Ela conserva cerca de 70% dos detalhes originais.
- Bem Conservada (BC): essa é moeda mais afetada pela circulação, que pode apresentar perda de detalhes, ainda que esteja relativamente bem preservada.
- Regular (R): uma moeda que está desgastada e mostra sinais claros de uso e manipulação. Os detalhes estão desgastados e podem ser difíceis de identificar.
- Um Tanto Gasta (UTG): a pior categoria que existe; aqui a moeda está muito desgastada e danificada, com detalhes quase apagados. As marcas desse desgaste são evidentes em toda a superfície. Em muitos casos, moedas assim perdem todo o valor para os colecionadores.
O que mais torna uma moeda rara
Se uma moeda foi produzida em quantidades limitadas, ela se torna automaticamente mais rara. Isso pode acontecer por vários motivos, como erros de produção, mudanças nas políticas de emissão ou decisões conscientes de emitir uma edição limitada, como o caso das moedas comemorativas.
A demanda e popularidade por determinadas moedas também podem afetar sua raridade percebida e, consequentemente, seu valor. Se uma moeda é altamente procurada por colecionadores, mesmo que tenha uma emissão relativamente alta, ela ainda pode ser considerada rara no mercado em certos casos.
Moedas que apresentam erros de cunhagem, como cunhagem dupla, cunhagem fora de centro ou cunhagem com fragmentos, também podem se tornar raras devido à sua singularidade. Alguns colecionadores, aliás, são focados em juntar moedas com defeitos de fabricação.