Já imaginou achar uma moeda aparentemente comum e de valor nominal insignificante e descobrir que tal peça pode ser vendida por centenas – ou, em alguns casos – milhares de reais? É isso mesmo: essa é de fato uma possibilidade real.
É preciso pontuar, no entanto, que estar em posse de uma moeda particularmente valiosa não é algo exatamente comum. Além disso, é preciso saber como identificar tais objetos. Em muitos casos, essa identificação será mais complicada.
Isso ocorre porque algumas moedas são valiosas em razão do baixo número de emissões, pro exemplo. Esse é um dado que muitas pessoas não tem acesso sem alguma pesquisa prévia. Em outros casos, reconhecer que a moeda é especial vira um tarefa mais fácil. Esse é o caso da moeda de 5 centavos que você verá a seguir.
Moeda de 5 centavos que valem mais de R$ 300
Sim, a moeda que você está prestes a conhecer pode valer mais de R$ 300. No site especializado Numismática Castro um exemplar está à venda por exatamente R$ 345. Trata-se de uma moeda do ano de 1995 que possui uma aparência inusitada. Observe a figura:
Como é possível observar na imagem, essa moeda está bastante descentralizada. Esse é um erro de cunhagem conhecido como “deslocamento de disco”. Essa falha no processo de produção da moeda resulta em um desalinhamento perceptível em suas faces.
Esse tipo de erro pode variar em grau de gravidade, indo desde deslocamentos leves até desalinhamentos mais significativos e notáveis. Os colecionadores de moedas raras geralmente valorizam essas moedas por sua singularidade e visual incomum.
Erros de cunhagem nas moedas
Assim como essa moeda de 5 centavos, várias outras unidades com erros variados de fabricação costumam atrair os entusiastas da numismática (ciência que estuda medalhas e moedas). Aqui estão alguns dos erros de cunhagem conhecidos que podem tornar uma moeda valiosa para os colecionadores:
- Cunhagem dupla: isso acontece quando uma moeda é cunhada duas vezes, resultando em imagens sobrepostas ou deslocadas.
- Cunhagem descentralizada: ocorre quando a moeda não está alinhada corretamente, deixando parte do desenho ou da inscrição fora da borda da moeda.
- Cunho quebrado/rachado: o metal pode rachar durante o processo de cunhagem, resultando em marcas ou rachaduras visíveis na superfície da moeda.
- Reverso invertido: quando o lado contrário da moeda não está alinhada de forma correta em relação ao anverso. Existem tanto casos de reversos suavemente inclinados quanto casos de reversos invertidos por completo.
- Bifacialidade: isso acontece quando os dois lados da moeda apresentam a mesma imagem, ao contrário do que ocorre com as moedas dentro do padrão.
- Problemas nas imagens da moeda: em alguns casos, partes das imagens podem ser afetadas por erros de fabricação. Existem casos de moedas com estrelas duplicadas, a ausência da palavra “centavos” e outras imperfeições estéticas curiosas.
O que mais impacta no grau de raridade da moeda
Vários fatores podem impactar o grau de raridade de uma moeda. A quantidade de moedas cunhadas inicialmente, conforme mencionado no começo do texto, tem um grande impacto no quesito “raridade”. Quanto mais difícil de ser encontrada, mais desejada será a moeda.
A demanda por uma determinada moeda também pode afetar seu grau de raridade. Se uma moeda é altamente procurada por colecionadores, ela pode se tornar mais rara no mercado, mesmo que tenha uma tiragem não tão abaixo da média.
Outro critério levado em conta é o estado de conservação da moeda. Uma moeda em excepcional estado tende a ser bem mais valorizada do que uma em condições inferiores. Em muitos casos, aliás, moeda que estejam muito degradadas podem deixar de ser colecionáveis, perdendo em sua totalidade o valor para quem as coleciona.