Algumas moedas podem se revelar verdadeiros tesouros. No universo da numismática – ciência que estuda moeda e medalhas – determinadas peças possuem um prestígios tão grande que podem ser vendidas por centenas ou, em certos casos, milhares de reais.
No entanto, é preciso pontuar que os valores pagos pelas moedas raras variam muito. É preciso levar em conta toda uma combinação de fatores para chegar-se a um número. Você será capaz de compreender isso com base na moeda que irá conhecer a seguir.
Essa moeda de R$ 1 lançada no ano de 1998 é objeto de desejo entre os colecionadores. Trata-se de uma moeda comemorativa, aquelas emitidas para celebrar eventos especiais. No caso dessa unidade em particular, sua emissão tinha como missão comemorar os 50 anos da declaração dos Direitos Humanos.
No site especializado Numismática Colon é possível achar dois exemplares essa moeda à venda. O mais curioso é que, apesar de “iguais”, cada tem um preço diferente. Uma está custando R$ 300 e outra está custando R$ 600. Confira as imagens a seguir.
Moeda que vale R$ 300
Essa é a imagem da moeda que vale R$ 300.
Moeda que vale R$ 600
Explicando a diferença de preço
Olhando para as duas moeda, você consegue enxergar a diferença entre elas? As duas são iguais em praticamente tudo, mas na página em que estão sendo vendidas há uma informação que afeta o quanto cada uma irá valer: seu estado de conservação.
Estado de conservação das moedas
O estado de conservação de uma moeda é uma consideração crucial. Ele irá impactar profundamente o valor da moeda. Tal questão é tão determinante para os colecionadores que existe até mesmo uma escala utilizada para classificar as peças quanto a seu grau de preservação.
- Flor de Cunho (FC): esse termo descreve uma moeda em condição de nova, sem sinais de circulação ou desgaste. Elas têm seu brilho original e nenhum sinal de danos ou imperfeições.
- Soberba (S ou Sob): moedas nesta categoria ainda estão em excelente estado, mas podem mostrar sinais muito leves de manuseio ou desgaste. Ainda assim, 90% dos detalhes originais devem estar presentes.
- Muito Bem Conservada (MBC): moedas nesta condição têm alguns sinais de circulação, incluindo desgaste moderado em alguns pontos da cunhagem e bordas. Detalhes finos ainda são visíveis, mas o brilho original pode ter sido um pouco reduzido.
- Bem Conservada (BC): essas moedas mostram sinais mais óbvios de desgaste e circulação. Detalhes significativos podem estar desgastados, e as bordas podem estar mais arredondadas. Ainda assim, ao menos 50% dos detalhes da cunhagem original são legíveis.
- Regular (R): moedas assim têm desgaste considerável devido à circulação extensa. Detalhes podem estar bastante desgastados, e as bordas podem ser suavizadas. Essas moedas geralmente têm menos valor para colecionadores.
- Um Tanto Gasta (UTG): esta é a classificação mais baixa e indica moedas com desgaste grave ou danos significativos, como partes amassadas, arranhões profundos ou corrosão. Moedas nesta condição geralmente têm pouco valor colecionável. Em muitos casos, elas podem perder completamente seu valor para os numismatas.
Qual a classificação das duas moedas de R$ 1
Agora que você já sabe o que cada classificação significa, é mais fácil explicar a curiosa diferença de preço entre as duas moedas de R$ 1. O que acontece é que a moeda que custa R$ 600 é uma Flor de Cunho, enquanto a que custa R$ 300 é uma Soberba.
Perceba que essas duas categorias aparecem logo na sequencia uma da outra, sendo as Soberbas moedas quase tão boas quanto as primeiras colocadas. Ainda assim, essa “pequena” diferença já foi o bastante para dobrar o valor de uma unidade. Essa é uma situação que ajuda a ilustrar a importância do estado de conservação dentro do mundo da numismática.