Identificar uma moeda nem sempre será tarefa fácil. Algumas moedas são raras por razões pouco perceptíveis. Não é o caso da moeda de 25 centavos que você vai ver a seguir. Esse exemplar conta com uma peculiaridade um tanto quanto chamativa: seu reverso é invertido.
Como é possível observar na imagem, o lado de trás da moeda não está perfeitamente alinhado. Isso é um erro que pode ocorrer durante o processo de cunhagem da moeda. Por ser uma coisa relativamente incomum, tal falha acaba chamando a atenção dos colecionadores numismatas.
A numismática é o estudo e a prática de colecionar moedas, medalhas e cédulas. Os amantes desse universo podem desembolsar quantias surpreendentes para adicionar novos itens a seus acervos. Os valores pagos pelas moedas variam bastante.
A moeda de 25 centavos em questão, por exemplo, está à venda no site especializado Numismarket por R$ 150. Existem, entretanto, moedas que valem verdadeiras fortunas. Isso depende de alguns fatores que incluem grau de raridade e estado de conservação.
O que torna uma moeda valiosa
Um quesito sempre levado em conta é o quão escassa determinada moeda é. Quanto mais difícil de encontrar uma unidade, mais ela será valiosa. Dessa forma, moedas emitidas em menor número – por qualquer razão que seja – lideram o ranking de “raridade”.
Moedas comemorativas costumam ter valores acima da média. Um dos motivos é justamente por terem tiragens mais limitadas. Além disso, elas costumam ter designs exclusivos, feitos para refletir o acontecimento que celebram. As moedas comemorativas podem ser emitidas para homenagear:
- Aniversários de eventos históricos.
- Aniversários pessoais.
- Figuras históricas ou líderes políticos.
- Eventos esportivos, como a Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos.
Erros de cunhagem
Erros de cunhagem são falhas no processo de fabricação de moedas que resultam em características incomuns ou inesperadas nas moedas, como no caso da moeda de 25 centavos apresentada anteriormente. Alguns exemplos de erros de cunhagem que chamam a atenção dos numismatas incluem:
- Problemas na borda da moeda, resultando em uma borda irregular ou mal definida.
- Moeda bifacial: as duas faces são idênticas.
- Partes da imagem ou da inscrição cunhada erroneamente na moeda, resultando em uma imagem incompleta.
- Cunho descentralizado ou desalinhado.
- Sobreposição parcial ou completa de imagens ou inscrições.
Sobre o estado de conservação
Muitas vezes, uma moeda até pode ser rara, mas seu estado de conservação é ruim. Nesse caso, é possível que ela deixe de ter qualquer valor. Isso porque a questão da preservação da moeda é fundamental dentro da numismática.
O estado de conservação refere-se à condição física da moeda e é avaliado com base em vários critérios, incluindo desgaste, danos, marcas e brilho. Existe até mesmo uma escala usada pelos colecionadores para classificar as moedas. Essa escala segue a seguinte ordem:
- Flor de Cunho (FC)
- Soberba (S)
- Muito Bem Conservada (MBC)
- Bem Conservada (BC)
- Regular (R)
- Um Tanto Gasta (UTG)
Enquanto uma moeda “Flor de Cunho” está em perfeito estado, sem qualquer problema em sua aparência, a moeda “Um Tanto Gasta” é aquela com arranhões, manchas e detalhes irreconhecíveis. Moedas UTG podem não ser colecionáveis, a menos em casos de raridade excepcional.
Analisando uma moeda e descobrindo seu valor
Caso você queira investigar quanto pode valer uma determinada moeda, comece acessando site como o Moedas do Brasil, o Brasil Moedas ou a página oficial da Sociedade Numismática Brasileira. Você também pode se juntar a comunidades e fóruns online focados em numismática.
Caso prefira, porém, existe a possibilidade de solicitar uma avaliação profissional junto a um especialista. Muitas casas de leilões, lojas virtuais e até numismatas avulsos oferecem esse tipo de serviço, e, em boa parte das vezes, o fazem de forma gratuita.