Um novo tipo de fraude financeira está se espalhando rapidamente pelo Brasil, envolvendo a crescente popularidade dos sistemas de cashback. Estelionatários têm utilizado o nome de reconhecidas bandeiras de cartão de crédito e até mesmo do Procon para aplicar golpes virtuais.
Esses golpes têm sido promovidos principalmente através de anúncios em redes sociais e alguns mecanismos de busca, visando especificamente os usuários de cartões de crédito. No esquema fraudulento, os criminosos montam anúncios falsos que afirmam que os usuários têm saldo de cashback a ser resgatado, supostamente proveniente de compras anteriores.
Para prosseguir com a “verificação” necessária para liberar o suposto saldo, eles solicitam o CPF dos usuários. Uma vez fornecido, os golpistas utilizam bancos de dados públicos na internet para acessar e exibir o nome completo da vítima, além de apresentar um valor fictício que a pessoa supostamente teria direito a receber.
As autoridades alertam os consumidores para que tenham cuidado com ofertas que parecem boas demais para ser verdade, especialmente aquelas que requerem dados pessoais como o CPF para processos de verificação ou resgate de valores. Recomenda-se sempre verificar a autenticidade dos sites antes de fornecer qualquer informação pessoal e reportar qualquer atividade suspeita aos órgãos competentes.
Como funciona o cashback?
O cashback é uma espécie de incentivo em que uma porcentagem do valor gasto em compras é devolvida ao consumidor, geralmente na forma de créditos em contas específicas ou diretamente em contas bancárias. À medida que esses programas se tornaram populares, especialmente em compras online, eles também atraíram a atenção de golpistas que buscam aproveitar-se dessa tendência para enganar as pessoas.
Para evitar cair em golpes de cashback, é essencial verificar a autenticidade de qualquer oferta. Isso significa checar se a oferta vem de uma fonte confiável, como o site oficial da empresa ou através do contato direto com o serviço de atendimento ao cliente. Desconfiar de ofertas que parecem incrivelmente vantajosas é muito importante, pois golpistas costumam usar promessas de grandes retornos para atrair vítimas.
É importante também ser cauteloso ao compartilhar informações pessoais. Dados sensíveis como CPF, números de cartões de crédito, senhas, entre outros, nunca devem ser fornecidos a sites ou indivíduos duvidosos. Manter o dispositivo protegido com softwares antivírus e realizar transações online somente em conexões seguras também são práticas recomendadas.
Saiba o que fazer ao ser vítima de um golpe
Quando alguém cai em um golpe, algumas ações imediatas são necessárias para minimizar os danos. A primeira medida geralmente envolve entrar em contato com o banco ou instituição financeira para informar sobre a fraude e solicitar o bloqueio da conta ou cartão de crédito, impedindo transações adicionais. É igualmente crucial trocar senhas e credenciais de acesso.
Registrar um boletim de ocorrência na polícia é outro passo importante. Ter um registro oficial pode ser essencial para resolver questões legais e ajudar na investigação do caso. Notificar autoridades de proteção ao consumidor, como o Procon, também é uma ação recomendada, pois elas podem oferecer orientações específicas e ajudar a tomar medidas contra os fraudadores.
Após as medidas iniciais para lidar com o golpe, é aconselhável manter uma vigilância constante sobre a atividade financeira. Isso inclui verificar regularmente contas bancárias e relatórios de crédito para detectar qualquer atividade suspeita e agir rapidamente em caso de novas irregularidades relacionadas ao golpe.