Nesta semana, o Ministério do Trabalho e Emprego informou que o Brasil criou 244, mil empregos formais em março deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2023, o saldo de empregos formais gerados no país foi 25,7% maior. Isso porque, em março do ano passado, o país criou 194,372 mil postos de trabalho, número bem menor que o observado no mês passado.
De todo modo, quase todas as 27 unidades federativas (UFs) fecharam março com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados, impulsionando o resultado nacional.
São Paulo lidera ranking nacional de emprego
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 31,5% dos empregos formais criados no país em março. O resultado foi bem parecido com o de fevereiro, quando o estado respondeu por 33% dos postos de trabalho gerados no país.
A saber, São Paulo ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os estados que registraram a maior quantidade de vagas de trabalho criadas em março:
- São Paulo: 76.941 vagas;
- Minas Gerais: 40.796 vagas;
- Rio de Janeiro: 24.466 vagas;
- Paraná: 17.858 vagas;
- Goiás: 15.742 vagas;
- Santa Catarina: 13.892 vagas;
- Bahia: 12.482 vagas;
- Rio Grande do Sul: 10.490 vagas.
Em suma, os oito estados criaram 253,8 mil vagas de trabalho em fevereiro, respondendo por 87% do total de postos de trabalho gerados no país. Entretanto, vale destacar que alguns estados fecharam vagas, ou seja, o número postos criados superou 244,3 mil, mas o resultado nacional caiu para essa marca devido ao fechamento de vagas em alguns estados.
Veja os estados que fecharam vagas em março
Segundo o Caged, dois estados fecharam vagas de emprego em março no país, limitando os números nacionais. Todos eles fazem parte da região Nordeste, que teve o segundo menor número de postos de trabalho criados no mês. Aliás, em fevereiro, três estados nordestinos também haviam fechado vagas de emprego, com destaque para Alagoas, que marcou presença nessa lista negativa em ambos os meses.
A propósito, confira abaixo os saldos negativos observados em março:
- Alagoas: -9.589 vagas;
- Sergipe: -1.875 vagas.
Vale destacar que o número de desligamentos em Alagoas cresceu 222,2% em relação a fevereiro, quando o estado fechou 2.976 vagas formais de emprego. Já os dados de Sergipe eliminaram boa parte do saldo acumulado entre janeiro e fevereiro (2.438 vagas), mas o estado segue com saldo positivo no ano.
Número de vagas de trabalho criadas no trimestre
De acordo com os dados do Caged, 25 das 27 UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e março deste ano. No trimestre, o Brasil criou 719.033 milhões de empregos.
Entre janeiro e março deste ano, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
- São Paulo: 213.503 vagas;
- Minas Gerais: 88.359 vagas;
- Paraná: 69.618 vagas;
- Santa Catarina: 66.015 vagas;
- Rio Grande do Sul: 56.206 vagas;
- Goiás: 43.679 vagas;
- Rio de Janeiro: 43.364 vagas;
- Mato Grosso: 25.688 vagas;
- Bahia: 25.146 vagas.
Apenas dois estados fecharam o trimestre com saldo negativo: Alagoas (-11.978 vagas) e Maranhão (-854 vagas). Alguns estados nordestinos vêm apresentando dificuldade para criar postos de trabalho no país em 2024.
Já em relação às regiões brasileiras, os números de vagas de emprego criadas foram os seguintes:
- Sudeste: 359.158 postos de trabalho;
- Sul: 191.839 postos de trabalho;
- Centro-Oeste: 100.387 postos de trabalho;
- Nordeste: 37.136 postos de trabalho;
- Norte: 30.481 postos de trabalho.
Trabalhador ganhou menos em março
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou menos em março deste ano. No terceiro mês de 2024, o salário médio de admissão foi de R$ 2.081,50, levemente menor que o registrado em fevereiro (R$ 2.086,75). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 5,25 a menos na passagem mensal e nem deve ter notado diferença.
Em contrapartida, o salário cresceu em relação ao valor observado em março de 2023 (R$ 2.027,33). A saber, os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 54,17 a mais que há um ano, ou seja, a diferença pode ter sido notada por algumas pessoas, mas não por todas, já que não foi muito expressiva.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Por fim, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.