O preço médio do gás de cozinha voltou a subir no país, após cair nas últimas cinco semanas. Contudo, a alta foi leve em relação à semana anterior, ou seja, os brasileiros que compraram botijão de 13 quilos nem devem ter sentido a alta dos valores.
Em resumo, o gás de cozinha ficou 17 centavos mais caro em relação à semana anterior. De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de revenda do botijão de 13 quilos passou de R$ 101,65 para R$ 101,82 no país.
A propósito, a ANP divulga semanalmente as variações dos valores do botijão de gás nos estados e suas capitais, bem como nas regiões brasileiras. Com a nova queda, o valor seguiu abaixo de R$ 102 pela quarta semana, após quase dois meses acima dessa marca.
Vale destacar que o preço médio do gás caiu 7% no país em 2023, para alívio dos brasileiros. No entanto, em 2024, os valores estão se mantendo em patamar mais elevado, acumulando uma alta de 0,8%, o que corresponde a R$ 0,84. O avanço é tímido e não deve afetar a renda das famílias do país, ao menos no geral.
Destaques da semana
A ANP revelou que o preço médio do botijão de gás subiu em duas regiões do país na semana passada: Centro-Oeste (R$ 1,55) e Nordeste (R$ 0,45). Por outro lado, os valores caíram em outras duas regiões: Sul (-R$ 0,78), Norte (-R$ 0,02). Já no Sudeste, os preços se mantiveram estáveis em comparação com a semana anterior.
Em relação às unidades federativas (UF), os valores subiram em 19 locais, enquanto caíram nas 10 UF restantes. As maiores altas ocorreram no Mato Grosso do Sul (R$ 5,95), Acre (R$ 1,99), na Paraíba (R$ 1,38) e no Ceará (R$ 1,04).
Em contrapartida, os destaques das quedas foram Amapá (-R$ 3,35), Rio Grande do Sul (-R$ 1,83) e Sergipe (-R$ 1,30). As reduções foram capazes de limitar a alta nacional, mas não impediram a volta do avanço médio dos valores no país.
Menores preços do país
Como vem acontecendo desde maio de 2023 ininterruptamente, Pernambuco seguiu com o gás de cozinha mais barato do país. A propósito, o preço médio do gás de cozinha no estado nordestino ficou 12,8% menor que a média nacional.
Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana:
- Pernambuco: R$ 88,80;
- Rio de Janeiro: R$ 92,58;
- Alagoas: R$ 93,93;
- Distrito Federal: R$ 95,73;
- Espírito Santo: R$ 96,00;
- Piauí: R$ 96,34;
- Sergipe: R$ 97,14;
- Paraná: R$ 98,41;
- Minas Gerais: R$ 99,99.
Em resumo, estas nove UFs comercializaram o botijão de gás a preços iguais ou inferiores a R$ 100. Outros locais que também tiveram valores bem próximos a essa marca foram Ceará (R$ 100,07), São Paulo (R$ 101,10) e Paraíba (R$ 101,74).
Região Norte tem o gás de cozinha mais caro do país
Por sua vez, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 128,03), posição que ocupou em todas as semanas de 2023, e vem fazendo isso em 2024. Em síntese, o preço do botijão de 13 quilos em Roraima superou em 25,7% a média nacional, para tristeza dos consumidores do estado.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
- Roraima: R$ 128,03;
- Amazonas: R$ 122,70;
- Tocantins: R$ 120,18;
- Rondônia: R$ 119,68;
- Acre: R$ 116,93;
- Mato Grosso: R$ 114,89;
- Santa Catarina: R$ 113,27;
- Amapá: R$ 113,04.
Como visto, seis dos oito estados com os maiores valores do país foram da região Norte, que comercializou o gás de cozinha a R$ 114,22, em média, na semana, maior preço do país. Em seguida, ficaram Centro-Oeste (R$ 106,02), Sul (R$ 103,62), Nordeste (R$ 100,87) e Sudeste (R$ 98,72).
Auxílio Gás está sendo pago em abril
A saber, o governo federal atende milhões de pessoas através do Auxílio Gás desde 2021, ajudando as famílias de baixa renda do país a adquirirem gás de cozinha. Este é um dos principais programas sociais mantidos pelo Poder Executivo e visa a inclusão social e econômica dos segurados.
Em sua origem, o auxílio tem previsão de cobrir metade do valor do gás de cozinha. No entanto, o governo federal manteve o benefício turbinado no país em todo o ano passado, cobrindo todo o valor do botijão de gás, e isso também vem acontecendo em 2024.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, o pagamento do benefício ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Por isso que não houve repasses em março, já que a última parcela foi paga em fevereiro, mas os repasses estão de volta em abril.