Existem várias moedas que, à primeira vista, podem parecer comuns, mas são extremamente raras e valiosas devido a circunstâncias específicas. Algumas dessas peças podem valer pequenas fortunas, na casa dos milhares de reais. Outras possuem valores mais modestos, mas ainda bem superiores ao que consta em sua face.
Um exemplo é essa moeda de R$ 1 do ano de 2004. Para a maioria das pessoas, esse artefato pode aparentar ser completamente normal. No entanto, para os amantes da numismática – ciência que estuda moedas e medalhas – tal artigo é um verdadeiro tesouro.
Esse exemplar apresentada acima está à venda no site especializado Mundo Flor de Cunho por exatos R$ 120. O motivo para esse preço está circulado na imagem. A moeda possui um defeito cunho: está marcada com rastros de outra cunhagem.
Erros de cunhagem das moedas
Erros de cunhagem são variações não intencionais que ocorrem durante o processo de fabricação de moedas. Esses erros podem ocorrer devido a uma variedade de fatores, como falhas mecânicas e ação humana. Por serem incomuns, eles acabam, em muitos casos, agregando valor as moedas.
O que torna uma moeda valiosa
Vários fatores podem contribuir para tornar uma moeda valiosa. A raridade é um dos principais. Quanto mais rara for, mais tende a valer uma moeda. Moedas produzidas em quantidades limitadas ou que foram retiradas de circulação cedo são geralmente mais valorizadas.
Alguns tipos específicos de moedas, como moedas comemorativas – que celebram eventos importantes ou figuras históricas – costumam ser mais populares entre os colecionadores e investidores, o que pode aumentar seu valor. Moedas desse tipo costumam contar com um design diferenciado e são fabricadas em menor número.
O estado de conservação de uma moeda também é fundamental para determinar seu valor. Moedas em excelente estado, sem desgaste significativo, arranhões ou manchas, tendem a valer mais do que moedas em condições inferiores.
Escala de conservação das moedas
A escala de conservação das moedas é uma maneira padronizada de classificar o estado físico de uma moeda. Como citado anteriormente, é preciso que o comprador esteja ciente do grau de preservação da moeda que irá comprar em razão da sua importância na determinação do preço final da peça.
Veja a seguir uma descrição geral das categorias comuns de conservação das moedas, com base em informações extraídas do site Brasil Moedas:
- Flor de Cunho (FC): trata-se da categoria mais alta de conservação, correspondendo ao que geralmente é chamado de Mint State (MS) em inglês. Moedas nesta categoria estão em condição de “como nova”, sem desgaste visível, arranhões, manchas ou outros danos.
- Soberba (S): essa é a categoria que está logo abaixo da Flor de Cunho. Moedas classificadas como Soberba ainda são consideradas de alta qualidade, com apenas desgaste muito leve, geralmente restrito a áreas de relevo. Os detalhes do desenho devem ser bem visíveis.
- Muito Bem Conservada (MBC): essas moedas têm algum desgaste, mas ainda mantêm a maior parte dos detalhes do desenho. 70% dos detalhes originais devem ser visíveis.
- Bem Conservada (BC): esta categoria indica um desgaste moderado na moeda Algumas letras e números podem estar desgastados, mas a legibilidade geral é mantida. 50% de preservação dos detalhes originais.
- Regular (R): essas moedas têm um desgaste mais significativo. Tal desgaste afeta todos os detalhes do desenho, e a legibilidade pode ser comprometida. A data e a legenda devem ser identificáveis ao menos com ajuda de lentes ou lupas.
- Um Tanto Gasta (UTG): é a categoria mais baixa de conservação. Moedas nesta categoria estão danificadas ao ponto de não serem mais consideradas colecionáveis para a maioria dos numismatas. Elas podem ter cortes, corrosão, amassados ou outros danos graves.
Normalmente, a pessoa mais indicada para classificar uma moeda é um especialista em numismática.