Moedas aparentemente comuns podem valer mais do que você imagina. Isso acontece em razão do interesse por essas peças por parte dos numismatas. A numismática é o estudo e a coleção de moedas e medalhas de diferentes tipo.
Os colecionadores desses artefatos desembolsam valores surpreendentes por eles. Moedas de valor nominal insignificante – como moedas de 1 centavo – podem ser vendidas por pequenas fortunas. No caso dessa moeda de 1997, é possível vendê-la por mais de R$ 80.
No site especializado Marcon Numismática ela está à venda por exatamente R$ 84. A moeda é feita de aço-inoxidável. No anverso, conta com a conhecida imagem da Efígie da República rodeada pela folhas de louro. No reverso, o valor nominal da moeda, com as listras diagonais e ano de emissão.
Há ainda uma característica especial que torna a moeda particularmente valiosa. Ela é descrita como tendo um “reverso horizontal”. Existe diversos casos de moedas que, no processo de cunhagem, acabam sendo forjadas com pequenas erros ou irregularidades. Isso faz com que moedas com reversos alinhados de maneiras incomuns sejam mais valiosas aos olhos dos numismatas.
Erros de fabricação das moedas
Erros de fabricação em moedas são ocorrências não intencionais durante o processo de produção que resultam em defeitos na peça. Em muitos casos, essas situações acabam aumentando o prestígio de uma determinada moeda, já que contribuem para seu grau de raridade.
Um dos erros mais notáveis é a “bifacialidade”. Isso acontece quando uma moeda acaba ficando com os dois lados iguais. Estrelas duplicadas, partes do desenho das faces faltando e os já citados problemas de reverso são também algumas das imperfeições que chamam a atenção dos numismatas.
O que mais influencia no valor de uma moeda
Além do erro de fabricação, vários outros fatores podem influenciar o valor de uma moeda. A origem de uma moeda, sua composição física (metal utilizado) e demanda de mercado também vão ajudar a determinar o seu valor.
Outro quesito que é primordial para saber o preço de uma moeda rara é o estado de conservação. Moedas em condições superiores, sem desgaste significativo, manchas ou danos, tendem a valer mais do que aquelas em estado inferior.
Estado de conservação
Em muitos casos, a mesma moeda em estados de conservação diferentes terá uma variação significativa em seu valor. Informar ao comprador da moeda qual a sua classificação quanto a conservação é obrigatório para efetuar a venda.
Existem padrões amplamente reconhecidos e utilizados pelos numismatas para classificar o estado de conservação de uma moeda. Veja abaixo como se dá essa classificação:
- Flor de Cunho (FC): esta é a classificação mais alta de estado de conservação. Moedas FDC são aquelas que estão em condição praticamente perfeita. Elas não têm desgaste visível, arranhões, manchas ou marcas.
- Soberba (S): são aquelas que têm apenas pequenos sinais de desgaste, geralmente limitados a áreas de destaque. Elas ainda mantêm a maioria de seus detalhes nítidos e uma aparência geral de quase nova.
- Muito Bem Conservada (MBC): moedas MBC têm algum desgaste perceptível, mas ainda mantêm uma boa quantidade de detalhes em seu desenho.
- Bem Conservada (BC): moedas BC mostram um desgaste mais significativo, com detalhes desgastados ou suavizados em grande parte do desenho. No entanto, o desenho geral da moeda ainda é discernível.
- Regular (R): Moedas nesta categoria mostram um desgaste substancial, com detalhes do desenho muito desgastados ou quase indistinguíveis. Ainda assim, a identificação da moeda é possível e os detalhes originais como data e legenda precisam ser visíveis ao menos com o uso de lentes ou lupas.
- Um Tanto Gasta (UTG): essas moedas têm um desgaste extremo, com detalhes quase completamente apagados. Muitas vezes, essas moedas têm danos significativos, como rachaduras, perfurações ou corrosão.