Já pesou em faturar uma pequena fortuna vendendo moedas cobiçadas por colecionadores? Essa possibilidade existe. A numismática é a ciência que estuda moedas e medalhas, e vem crescendo em popularidade no Brasil nos últimos anos.
Os numismatas – como são chamados os entusiastas desse universo – desembolsam valores surpreendentes por peças incomuns. Em alguns casos, esses artefatos podem valer milagres de reais. O preço de cada moeda varia a depender de uma série de fatores.
O que torna uma moeda rara?
A raridade da moeda está diretamente ligada ao número de emissões e distribuição de exemplares. Moedas produzidas em menor quantidade são mais difíceis de serem encontradas e, consequentemente, possuem mais valor para quem coleciona esses itens.
Outro detalhe que pode aumentar o valor da moeda é alguma particularidade atípica. É possível que, durante o processo de cunhagem, ocorram pequenas falhas de confecção. Esses erros de fabricação valorizam bastante uma moeda, porque tornam-na mais especial e única.
Alguns defeitos de produção conhecidos incluem faces idênticas (as moedas “bifaciais”), estrelas ou outras partes do desenho duplicadas ou apagadas e até reversos invertidos.
Estado de conservação de uma moeda
Além do grau de raridade, o preço cobrado por uma moeda é fortemente influenciado pelo seu estado de conservação. Uma moeda bem conservada valerá bem mais que uma moeda gasta ou mal preservada pelo tempo.
Esse quesito é tão importante para os numismatas que existe uma classificação usada para determinar o estado de cada moeda. Veja abaixo como essa classificação funciona, segundo o site especializado Brasil Moedas:
- FC (Flor de Cunho): a moeda em seu melhor estado; ela é praticamente perfeita.
- S (Soberba): uma moeda ao menos 90% conservada, com sinais mínimos e quase imperceptíveis de desgaste.
- MBC (Muito Bem Conservada): uma moeda 70% conservada, que admite algumas imperfeições a mais.
- BC (Bem Conservada): ao menos 50% dos detalhes de cunhagem originais precisam estar presentes na moeda.
- R (Regular): uma moeda já com desgaste visível, mas que demanda a visualização de data e legenda (com o uso de lentes).
- UTG (Um Tanto Gasta): moedas fortemente desgastadas, com detalhes praticamente irreconhecíveis.
Ao comprar uma moeda, o colecionador precisará ser informado acerca da classificação da mesma.
Identificando o valor da moeda
Como explicado anteriormente, o valor exato de cada moeda varia a depender de várias questões. Caso você não não tenha familiaridade com o mundo da numismática, a recomendação é que busque-se uma avaliação profissional.
Você pode entrar em contato com casas de leilões ou lojas online, por exemplo. Para conhecer algumas alternativas, acessa a aba “Anunciantes” do site da Sociedade Numismática Brasileira (SNB). Lá estão listados vários parceiros dessa entidade sem fins lucrativos, em atividade desde a década de 20.
Se preferir, pode entrar em contato diretamente com a SNB. Ligue para o número de telefone no topo da página ou envie um e-mail para o endereço eletrônico da organização.
Moeda que vale mais de R$ 700
Um exemplo de moeda rara que vale bem mais do que parece é a moeda de 1000 réis de 1929. Essa peça é feita de bronze-alumínio e circulou durante as primeira décadas do período da República. É possível encontrar um exemplar à venda por exatamente R$ 770 no site Brasil Moedas.
A moeda que consta no site pertence ao lote 09793m e seu estado de conservação é apontado como “S (Soberba)”. A mesma moeda em um estado de conservação inferior certamente teria se valor reduzido significativamente. Esse é um dos motivos pelos quais é difícil precisar quanto vale cada moeda. É necessário levar cada um desses detalhes em consideração.
Para conferir outras moedas valiosas, navegue pelo site do Brasil Moedas. Você pode filtrar as moedas brasileiras por período na barra de opções do site.