Os colecionadores de moedas raras estão sempre em busca de novas peças para seus acervos. Conhecidos como numismatas (entusiastas da numismática, ciência que estuda moedas e medalhas), esses aficionados pagam caro por exemplares incomuns desses objetos.
As moedas raras são classificadas assim em função de vários fatores. Elas podem ser difíceis de encontrar por terem sido emitidas em menor número, integrarem uma série limitada ou possuírem características únicas, como erros de fabricação.
Falhas no processo de cunhagem das moedas não é uma coisa considerada comum. Sendo assim, esses defeitos tornam as moedas especialmente atrativas. Esse é o motivo da preciosidade das moedas bifaciais: sua particularidade é causada por um problema ocorrido durante sua produção.
O que são as moedas bifaciais
A moeda bifacial é aquela que possui os dois lados idênticos. Existe uma moeda do ano de 2008 com essa característica que é altamente cobiçada pelos numismatas. Trata-se de uma moeda de R$ 1 aparentemente usual. No entanto, ela conta com o curioso detalhe dos lados iguais.
No caso da moeda em questão, as suas duas faces exibem o valor nominal da moeda e o ano da fabricação, sem contar com o rosto da Efígie da República. O preço cobrado por essa peça pode variar, mas em algumas casas de leilões ela aparece acima dos R$ 8 mil.
Como saber o valor exato da moeda
Não é apenas o número de emissões no ano ou erros de cunhagem que interessam aos colecionadores. O valor de uma moeda rara está altamente conectado a seu estado de conservação. Moedas em bom estado podem valer bem mais do que aquelas em más condições.
Classificação do estado de conservação
Existe uma classificação usada pelos numismatas para categorizar as moedas. Confira abaixo:
- Flor de Cunho (FC): o tipo mais bem preservado de moeda, sem quase nenhum desgaste; uma moeda praticamente perfeita.
- Soberba (S): pode possuir defeitos mínimos, mas deve estar pelo menos 90% conservada.
- Muito Bem Conservada (MBC): os principais elementos devem ser visíveis, com o percentual de conservação ficando na casa dos 70%.
- Bem Conservada (BC): demanda cerca de 50% de preservação.
- Regular (R): uma moeda 25% preservada; é preciso que seus detalhes sejam visíveis ao menos com o uso de equipamento especial, como lentes e lupas.
- Um Tanto Gasta (UTG): moedas com detalhes originais quase irreconhecíveis; em muitos casos, perdem o valor para os colecionadores.
Avaliação profissional
Para determinar o exato estado de conservação de uma moeda é possível que seja preciso consultar um especialista. Um profissional da área também vai conseguir mais informações sobre o grau de raridade da moeda, como emissões no ano e possíveis erros valiosos.
Ainda que qualquer um possa fazer a própria pesquisa online, a recomendação é que o interessado em vender uma moeda entre em contato com lojas especializadas. Existem varias em atividade na internet. É possível citar a Brasil Moedas, a Sociedade Numismática Brasileira (SNB) e o Moedas do Brasil.
Todos os sites contam com informações de contato. Você pode fazer uma ligação para os números apresentados nas páginas ou enviar um e-mail para o endereço informado.
Vendendo suas moedas raras online
Para efetuar a venda de uma moeda você também pode pedir orientação para as lojas especializadas. Essa é uma forma segura de fazer sua venda. No entanto, ainda existe a possibilidade de utilizar marketplaces conhecidos do grande público como Mercado Livre, Shopee e OLX, por exemplo.
Uma dica útil é tentar tirar fotos das melhor qualidade possível. Lembre-se de fotografar os dois lados da moeda. No campo de descrição, não deixe de informar todos os dados pertinentes a respeito da sua peça, como ano de fabricação e estado de conservação conforme a classificação oficial.