A cesta básica ficou mais cara em cinco dos oito locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) em março deste ano. Já nas outras três capitais, os valores tiveram quedas leves em relação a fevereiro.
Em resumo, o levantamento revela o valor da cesta básica em oito cidades brasileiras. A saber, os dados fazem parte da plataforma Cesta de Consumo HORUS/ FGV IBRE.
No mês passado, os locais que registraram alta nos preços foram os seguintes:
- Salvador: 3,5%;
- Fortaleza: 3,0%;
- Curitiba: 2,9%;
- Brasília: 2,2%;
- Belo Horizonte: 0,5%.
Por outro lado, os valores caíram nos outros três locais pesquisados pelo FGV IBRE. Contudo, vale destacar que os recuos foram mais tímidos que as altas, para tristeza dos brasileiros. Confira as variações registradas:
- São Paulo: -1,6%;
- Manaus: -0,6%;
- Rio de Janeiro: -0,6%.
Veja qual estado teve a cesta básica mais cara em março
Após o acréscimo das variações, o ranking nacional permaneceu muito parecido ao de fevereiro, com uma pequena variação na tabela. A cesta básica mais cara do país seguiu sendo a do Rio de Janeiro, que geralmente ocupa essa posição no ranking do FGV IBRE.
Veja o valor da cesta em cada local pesquisado em março:
- Rio de Janeiro: R$ 1.004,10;
- São Paulo: R$ 894,52;
- Brasília: R$ 838,57;
- Fortaleza: R$ 808,79;
- Salvador: R$ 793,75;
- Curitiba: R$ 792,14;
- Manaus: R$ 702,68;
- Belo Horizonte: R$ 683,68.
No mês de março, a cesta básica do Rio de Janeiro foi a mais cara do país, figurando como a única a ter um valor superior a R$ 1.000. Além disso, vale destacar a única mudança que ocorreu em relação a fevereiro: Salvador subiu da sexta para a quinta posição, ultrapassando Curitiba. Isso aconteceu devido às variações registradas no mês, mesmo que parecidas, uma vez que os valores em ambos os locais já eram bem semelhantes.
Já na parte de baixo da tabela, Belo Horizonte teve a cesta mais barata em todos os meses de 2023, e isso continua acontecendo neste ano. Inclusive, a última vez que outra capital apresentou o menor preço do país foi em dezembro de 2022, quando os consumidores de Manaus aproveitaram valores mais acessíveis que os mineiros, mas isso não voltou a acontecer nos últimos meses.
Cesta de consumo ampliada
A pesquisa do FGV IBRE também revelou o valor da cesta de consumo ampliada nos oito locais pesquisados. Em síntese, os preços subiram em seis locais, com exceção de São Paulo (-2,6%) e Manaus (-0,1%).
Em contrapartida, as altas foram registradas nos seguintes locais: Curitiba (2,4%), Fortaleza (1,9%), Salvador (1,7%), Rio de Janeiro (0,9%), Brasília (0,9%) e Belo Horizonte (0,6%).
Após essas variações, as cestas de consumo ampliadas atingiram os seguintes valores em agosto:
- Rio de Janeiro: R$ 2.218,06;
- São Paulo: R$ 2.010,09;
- Brasília: R$ 1.941,55;
- Curitiba: R$ 1.792,67;
- Salvador: R$ 1.785,40;
- Fortaleza: R$ 1.776,14;
- Belo Horizonte: R$ 1.731,07;
- Manaus: R$ 1.547,23.
Na passagem de fevereiro para março, a única mudança que ocorreu foi uma troca de posições entre Curitiba e Salvador, assim como ocorreu na cesta de consumo. Entretanto, dessa vez, a capital paranaense ultrapassou a baiana, apresentando um preço mais elevado no mês passado.
Na parte de baixo do ranking, Manaus continuou com a cesta de consumo ampliada mais barata do Brasil, mantendo uma distância confortável de Belo Horizonte, que teve o segundo menor valor do país.
Itens aumentam preço da cesta de consumo
Alguns itens exerceram fortes impactos no valor da cesta de consumo no país em março. Em resumo, quatro dos 18 itens pesquisados pelo FGV IBRE ficaram mais caros em todos os locais pesquisados no mês passado. Veja quais foram:
- Ovos;
- Leite UHT;
- Café em pó e em grãos;
- Frango.
“O aumento no preço do frango e dos ovos de galinha, em parte, foi ocasionado pela baixa oferta no setor de avicultura, que tem sido sistematicamente impactado pelas adversidades climáticas. Tais instabilidades afetam o bem-estar das aves, interferindo, inclusive, no ganho de peso e na produção de ovos. Além disso, o início do ano letivo escolar, associado ao período quaresmal, estimulou a demanda pelos produtos de granja, fato esse que culminou com a majoração dos preços“, explicou o FGV IBRE.
“Com relação ao café, além das questões climáticas, a escassez do produto no mercado internacional provocada pela quebra de safra em países como na Indonésia e Vietnã, tem elevado cotação do preço do produto no mercado global“, acrescentou o instituto.