Em uma sessão realizada na noite de terça-feira (9), a Câmara dos Deputados votou pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/2023, que propõe a recriação do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). Este seguro é conhecido por sua importância na proteção de vítimas de acidentes de trânsito, oferecendo cobertura para despesas médicas, invalidez permanente ou morte.
A proposta, que sofreu alterações durante o processo legislativo, foi aprovada com um total de 304 votos favoráveis, superando o mínimo necessário de 257 votos. Esse resultado expressivo reflete um consenso na Câmara sobre a importância de restabelecer o DPVAT, considerando seu papel fundamental no suporte às vítimas de acidentes e suas famílias.
Com a aprovação pela Câmara, o PLP 233/2023 é encaminhado agora para o Senado Federal, onde será submetido a nova análise e votação. Caso seja aprovado também pelo Senado, o projeto seguirá para sanção presidencial, marcando a oficialização da volta do seguro DPVAT no ordenamento jurídico brasileiro.
Vítimas de acidentes anteriores
Na sequência da aprovação pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Complementar que visa recriar o DPVAT, agora rebatizado de SPVAT, destaca-se uma emenda proposta durante as discussões em plenário. O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), relator do projeto, aceitou uma emenda que amplia a abrangência do seguro, de maneira a incluir vítimas de acidentes de trânsito ocorridos desde o início de 2024 até a data em que a nova legislação entrar em vigor.
Esta medida tem o intuito de garantir que as vítimas de acidentes ocorridos no período mencionado, anterior à reativação formal do seguro, possam também se beneficiar das coberturas oferecidas pelo SPVAT. Tal decisão representa um passo importante na direção de assegurar justiça e apoio às pessoas afetadas por acidentes de trânsito neste intervalo de tempo, preenchendo uma lacuna que poderia deixar muitas vítimas sem o devido amparo.
Administração do novo DPVAT
Visando fortalecer a gestão do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso, em outubro do ano passado, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23. A proposta central do projeto é que a Caixa Econômica Federal mantenha a administração do renovado DPVAT, seguindo um modelo que vem sendo implementado desde 2021.
A Caixa Econômica Federal, uma das principais instituições financeiras do país, assumiu a responsabilidade pela administração dos recursos arrecadados com o DPVAT há dois anos. Desde então, a instituição tem sido responsável por uma série de procedimentos essenciais para o funcionamento do seguro, que incluem a análise de pedidos de indenização e o efetivo pagamento dessas indenizações às vítimas de acidentes de trânsito.
A escolha de manter a Caixa como gestora do seguro reflete uma continuidade nas políticas de administração pública, reconhecendo a capacidade operacional da instituição. Com o PLP 233/23 agora em discussão no Congresso, a continuidade da gestão do DPVAT pela Caixa Econômica Federal está no centro das atenções.
É fundamental que os brasileiros mantenham-se atualizados sobre as mudanças e desenvolvimentos relacionados ao DPVAT, dada a importância deste seguro na proteção das vítimas de acidentes de trânsito. O DPVAT desempenha um papel crucial ao oferecer amparo financeiro em momentos de necessidade.