As pessoas que compraram imóveis residenciais em março tiveram que pagar um pouco mais caro, em comparação com o mês anterior. O preço de venda de imóveis residenciais subiu 0,64% no Brasil, acelerando em relação a fevereiro, quando os preços subiram 0,49%.
No acumulado dos últimos 12 meses até março, o preço de venda dos imóveis residenciais subiu 5,54%. Esse avanço anual foi completamente diferente do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador considerado a inflação do aluguel.
Em resumo, o IGP-M acumulou uma queda de 4,26% no mesmo período. Cabe salientar que o indicador subiu em cinco dos sete últimos meses, mas os recuos observados nos meses anteriores mantiveram o índice no campo negativo.
A propósito, o Índice FipeZap analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras. Assim, a Fipe divulga uma média de variação mensal e anual dos preços em todos estes 50 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.
Veja a variação dos preços nas capitais nos últimos 12 meses
O levantamento revelou que os preços de venda dos imóveis residenciais subiram em todas as 50 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses. Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap, todas tiveram taxa positiva no período, dificultando a vida dos consumidores que compraram um imóvel no período.
Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas nos últimos 12 meses até março:
- Maceió (AL): 14,78%;
- Goiânia (GO): 13,87%;
- Florianópolis (SC): 11,12%;
- Curitiba (PR): 10,76%;
- Belo Horizonte (MG): 9,70%;
- João Pessoa (PB): 9,52%;
- Vitória (ES): 8,86%;
- Manaus (AM): 8,58%;
- Campo Grande (MS): 7,87%;
- Recife (PE): 7,12%;
- Salvador (BA): 5,80%;
- Fortaleza (CE): 5,35%;
- São Paulo (SP): 4,77%;
- Brasília (DF): 3,01%;
- Porto Alegre (RS): 2,14%;
- Rio de Janeiro (RJ): 1,61%.
Esses dados revelam que apenas cinco capitais tiveram variações inferiores à taxa nacional. Como estas cidades exercem forte influência no Índice FipeZap, suas taxas menos expressivas puxaram a média do país para baixo, mesmo com algumas cidades apresentando altas superiores a 10%.
Veja qual a capital mais cara do país
Em março, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.845/m². Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:
- Vitória (ES): R$ 11.173;
- Florianópolis (SC): R$ 11.011;
- São Paulo (SP): R$ 10.794;
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 10.030;
- Curitiba (PR): R$ 9.458;
- Brasília (DF): R$ 9.067;
- Belo Horizonte (MG): R$ 8.530;
- Maceió (AL): R$ 8.498;
- Recife (PE): R$ 7.806;
- Goiânia (GO): R$ 7.340;
- Fortaleza (CE): R$ 7.306;
- Porto Alegre (RS): R$ 6.690;
- Manaus (AM): R$ 6.596;
- João Pessoa (PB): R$ 6.173;
- Salvador (BA): R$ 5.968;
- Campo Grande (MS): R$ 5.946.
Como visto acima, apenas os valores de Vitória, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília ficaram acima da média nacional, impulsionando a taxa anual até março deste ano. As demais capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.
No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 12.903. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.957.
Preço de venda de imóveis sobe pouco em 2023
A saber, o aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bem tímido em 2023. Assim como aconteceu com a inflação oficial do país, que perdeu força ao longo do ano, o setor de venda de imóveis também viu seus preços crescerem levemente no ano passado.
Em síntese, o Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 4,82%. A taxa desacelerou em relação a 2022 (6,16%), quando os preços tiveram o maior avanço anual desde 2014.
A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 4,62% entre janeiro e dezembro de 2023. Em resumo, o indicador ficou dentro da meta pela primeira vez nos últimos três anos.
Por sua vez, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais foi bem diferente da taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em suma, o indicador acumulou uma queda de 3,18% em 2023, para alívio dos brasileiros. Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais conseguiram pagar mais barato para adquiri-los no ano passado.
Já no acumulado de janeiro a março de 2024, a maior variação vem sendo registrada pelo IPCA, que teve um aumento de 1,62%, levemente acima da variação do Índice FipeZap+ (1,50%). Apenas o IGP-M acumulou queda no trimestre (-0,91%).