O preço médio do gás de cozinha caiu pela terceira semana no país, para alegria da população. Contudo, a queda foi bem tímida em relação à semana anterior, ou seja, os brasileiros que compraram botijão de 13 quilos nem devem ter sentido a variação dos valores.
Em resumo, o gás de cozinha ficou 15 centavos mais barato em relação à semana anterior. De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de revenda do botijão de 13 quilos passou de R$ 102,10 para R$ 101,95 no país.
A propósito, a ANP divulga semanalmente as variações dos valores do botijão de gás nos estados e suas capitais, bem como nas regiões brasileiras. Com a nova queda, o valor caiu para abaixo de R$ 102, algo que não acontecia desde a semana encerrada em 10 de fevereiro, ou seja, em quase dois meses.
Vale destacar que o preço médio do gás caiu 7% no país em 2023, para alívio dos brasileiros. No entanto, em 2024, os valores estão se mantendo em patamar mais elevado, acumulando uma alta de 1,0%, o que corresponde a R$ 0,97. O avanço é tímido e não deve afetar a renda das famílias do país, ao menos no geral.
Destaques da semana
A ANP revelou que o preço médio do botijão de gás caiu em três regiões do país na semana: Sudeste (-R$ 0,52), Sul (-R$ 0,32) e Nordeste (-R$ 0,13). Por outro lado, os valores subiram no Centro-Oeste (R$ 1,59) e no Norte (R$ 0,16).
Em relação às unidades federativas (UF), os valores caíram em 18 locais, enquanto subiram nas 9 UF restantes. As maiores quedas ocorreram no Acre (-R$ 1,04) e no Paraná (-R$ 1,04). As demais reduções oscilaram entre 7 e 93 centavos.
Em contrapartida, os estados que registraram as maiores altas na semana foram Amapá (R$ 5,42), Sergipe (R$ 4,59), Mato Grosso (R$ 3,36) e Goiás (R$ 1,66). Embora o dobro de locais tenha registrado queda na semana, os avanços foram tão intensos que limitaram a queda nacional.
Menores preços do país
Na semana, Pernambuco seguiu com o gás de cozinha mais barato do país, posição que assumiu em meados de maio de 2023, e nunca mais saiu. A propósito, o preço médio do gás de cozinha no estado nordestino ficou 13,2% menor que a média nacional.
Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana:
- Pernambuco: R$ 88,54;
- Rio de Janeiro: R$ 92,63;
- Alagoas: R$ 93,81;
- Distrito Federal: R$ 95,47;
- Espírito Santo: R$ 96,49;
- Piauí: R$ 96,95;
- Paraná: R$ 97,62.
- Sergipe: R$ 98,66.
Em resumo, estas oito UFs comercializaram o botijão de gás a preços iguais ou inferiores a R$ 100. Outros locais que também tiveram valores bem próximos a essa marca foram Minas Gerais (R$ 100,09), Ceará (R$ 100,41), São Paulo (R$ 100,99) e Paraíba (R$ 101,89).
Região Norte tem o gás de cozinha mais caro do país
Por sua vez, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 128,00), posição que ocupou em todas as semanas de 2023, e vem fazendo isso em 2024. Em síntese, o preço do botijão de 13 quilos em Roraima superou em 25,5% a média nacional, para tristeza dos consumidores do estado.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
- Roraima: R$ 128,00;
- Amazonas: R$ 122,41;
- Tocantins: R$ 120,28;
- Rondônia: R$ 119,58;
- Mato Grosso: R$ 118,16;
- Amapá: R$ 118,05;
- Acre: R$ 115,69;
- Santa Catarina: R$ 114,39.
Como visto, seis dos sete estados com os maiores valores do país são da região Norte, que comercializou o gás de cozinha a R$ 114,06, em média, na semana. Em seguida, ficaram Centro-Oeste (R$ 106,50), Sul (R$ 104,30), Nordeste (R$ 100,92) e Sudeste (R$ 98,72).
Auxílio Gás será pago em abril
A saber, o governo federal atende milhões de pessoas através do Auxílio Gás desde 2021, ajudando as famílias de baixa renda do país a adquirirem gás de cozinha. Este é um dos principais programas sociais mantidos pelo Poder Executivo e visa a inclusão social e econômica dos segurados.
Em sua origem, o auxílio tem previsão de cobrir metade do valor do gás de cozinha. No entanto, o governo federal manteve o benefício turbinado no país em todo o ano passado, cobrindo todo o valor do botijão de gás, e isso também vem acontecendo em 2024.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, o pagamento do benefício ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Por isso que não houve repasses em março, já que a última parcela foi paga em fevereiro, mas os repasses estarão de volta em abril. Agora, os beneficiários estão controlando a ansiedade para receberem o auxílio neste mês.