Nesta quarta-feira (27), o Ministério do Trabalho e Emprego informou que o Brasil criou 306,111 mil empregos formais em fevereiro deste ano. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que informa a quantidade de contratações e demissões realizadas no país em cada mês.
Na comparação com o mesmo mês de 2023, o saldo de empregos formais gerados no país foi 21,2% maior. Isso porque, em fevereiro do ano passado, o país criou 252,487 mil postos de trabalho, número menor que o observado no mês passado.
De todo modo, quase todas as 27 unidades federativas (UFs) fecharam o mês com mais postos formais de trabalho abertos do que fechados, impulsionando o resultado nacional.
São Paulo lidera ranking nacional de emprego
Em síntese, o estado de São Paulo continuou na liderança nacional, respondendo por 33,0% dos empregos formais criados no país em fevereiro. O resultado foi bem mais expressivo que o de janeiro, quando o estado criou 36.335 vagas, respondendo por 21,6% dos postos de trabalho gerados no país.
A saber, São Paulo ocupa a primeira posição em praticamente todos os meses do ano, visto que é o estado com a maior concentração populacional do país, além de ser a maior economia estadual brasileira.
Confira abaixo os estados que registraram a maior quantidade de vagas de trabalho criadas em fevereiro:
- São Paulo: 101.163 vagas;
- Minas Gerais: 35.980 vagas;
- Paraná: 33.043 vagas;
- Santa Catarina: 26.367 vagas;
- Rio Grande do Sul: 25.452 vagas;
- Rio de Janeiro: 17.672 vagas;
- Goiás: 14.106 vagas.
Em suma, os sete estados criaram 253,8 mil vagas de trabalho em fevereiro, respondendo por 82,9% do total de postos de trabalho gerados no país. Entretanto, vale destacar que alguns estados fecharam vagas, ou seja, o número postos criados superou 306,111 mil, mas o resultado final caiu para essa marca devido ao fechamento de vagas em alguns estados.
Veja os estados que fecharam vagas em fevereiro
Segundo o Caged, três estados fecharam vagas de emprego em fevereiro no país, limitando os números nacionais. Todos eles fazem parte da região Nordeste, que teve o menor número de postos de trabalho criados no mês. Confira abaixo quais foram:
- Alagoas: -2.886 vagas;
- Maranhão: -1.220 vagas;
- Paraíba: -9 vagas.
Vale destacar que essa é a segunda vez nos últimos três meses que Alagoas registrou mais demissão que admissão. Já Maranhão teve uma taxa negativa pelo terceiro mês consecutivo, intensificando o número de fechamentos em relação a janeiro (-968 vagas). Por sua vez, o estado da Paraíba registrou o segundo mês de fechamento de vagas nos últimos três meses.
Número de vagas de trabalho criadas no bimestre
De acordo com os dados do Caged, todas as UFs conseguiram registrar um saldo positivo no acumulado entre janeiro e fevereiro. No bimestre, o Brasil criou 474,614 milhão de empregos.
Entre janeiro e fevereiro deste ano, os estados com os maiores números de vagas criadas foram:
- São Paulo: 137,498 mil;
- Santa Catarina: 52,193 mil;
- Paraná: 52,091 mil;
- Minas Gerais: 47,538 mil;
- Rio Grande do Sul: 45,740 mil;
- Goiás: 28,287 mil;
- Mato Grosso: 24,568 mil;
- Rio de Janeiro: 18,624 mil.
Já em relação às regiões brasileiras, os números de vagas de emprego criadas foram os seguintes:
- Sudeste: 211,684 mil;
- Sul: 150,024 mil;
- Centro-Oeste: 72,642 mil;
- Norte: 20,715 mil;
- Nordeste: 19,536 mil.
Trabalhador ganhou menos em fevereiro
Os dados do Caged também mostraram que o trabalhador brasileiro ganhou menos em fevereiro deste ano. No segundo mês de 2024, o salário médio de admissão foi de R$ 2.082,79, menor que o registrado em janeiro (R$ 2.133,21). Em valores reais, o trabalhador recebeu R$ 50,42 a menos na passagem mensal.
Em contrapartida, o salário cresceu em relação ao valor observado em fevereiro de 2023 (R$ 2.054,50). A saber, os trabalhadores formais do Brasil receberam R$ 28,29 a mais que há um ano, ou seja, a diferença pode ter sido notada por algumas pessoas, mas não por todas, já que não foi muito expressiva.
Vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada. Em outras palavras, o levantamento não inclui os trabalhadores informais do país, que representam uma grande parcela da força de trabalho do país.
Por fim, o Caged faz apenas um recorte do mercado de trabalho brasileiro. Por isso, estes dados apresentados pelo Ministério do Trabalho e Previdência não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD) Contínua, que mostra a taxa real de desemprego do país.