A Páscoa geralmente é comemorada no mês de abril no Brasil, mas, em 2024, a data vai cair no último dia de março. A última vez que a data caiu em março foi em 2016, no dia 27, ou seja, há oito anos. Seja como for, este período é marcado pelo aumento das compras de determinados alimentos tradicionais à Páscoa, que marcam presença na mesa dos brasileiros.
Em resumo, os principais itens buscados pelos consumidores são os pescado e os chocolates. A propósito, o preço dos pescados subiu 5,68% nos últimos 12 meses até fevereiro, enquanto o bacalhau ficou 2,27% mais barato no país, beneficiando os consumidores que gostam deste item. Por sua vez, os bombons e chocolates registraram alta de 1,89% no período.
Estes itens costumam ter uma presença quase certa na mesa dos brasileiros, assim como tantos outros produtos, cujo consumo tende a crescer significativamente na Páscoa. Por isso mesmo, os brasileiros precisam ficar atentos aos preços destes itens para não pagarem mais caro nas compras.
No varejo, um bom termômetro dos preços é a demanda. Assim, quanto mais um item é buscado pelos consumidores, maior tende a ser o seu preço, uma vez que a demanda supre o seu encarecimento. Quando ocorre o contrário, com menos procura que o esperado, os comerciantes tendem a reduzir o valor para que a mercadoria saia.
Seja como for, os brasileiros precisam ficar atentos para os preços dos itens. Isso porque muitos vendedores costumam vender alimentos com preços bem mais elevados que a média. Dessa forma, quem não estiver alerta poderá pagar bem mais caro, perdendo a chance de adquirir os itens a preços mais acessíveis.
Preços devem subir na semana de Páscoa
Para quem não sabe, a Páscoa será comemorada no próximo domingo (9). Em outras palavras, a celebração ocorre nesta semana, que deverá ficar marcada pelo aumento dos preços dos itens tradicionais à data.
Na verdade, os consumidores do país já estão sofrendo com os preços mais elevados, e a expectativa é que a situação fique ainda mais complicada nos próximos dias.
Especialistas alertam a população sobre os altos preços praticados na Semana da Páscoa. Em suma, o aumento expressivo da demanda nos dias que antecedem a data impulsionam o valor dos produtos, fazendo os consumidores gastarem mais do que planejaram.
De acordo com Matheus Peçanha, economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), os consumidores precisam pesquisar antes de comprar itens da Páscoa.
Em síntese, os brasileiros devem fazer uma consulta sobre os valores dos produtos e das marcas antes de ir às compras. Assim, poderão ter uma ideia de quanto está custando, em média, o item desejado, escolhendo, assim, o mais barato.
Inflação da Páscoa sobe 9,3%
A inflação dos itens mais consumidos na Páscoa disparou 9,3%, em média, entre março de 2023 e fevereiro deste ano. Embora tenha avançado fortemente no período, a variação ficou menor que a taxa acumulada nos 12 meses anteriores (12,0%). De toda forma, os consumidores terão que gastar bem mais para comprar os itens tradicionais da data comemorativa neste ano.
Em suma, a inflação subiu fortemente nos últimos meses, principalmente, por causa de dois itens, que registraram avanços superiores a 30%: azeite (39,82%) e batata-inglesa (31,96%). Outros itens também ficaram mais caros no período, mas os avanços foram um pouco menores: tilápia (12,39%), couve mineira (11,96%), corvina (10,97%).
Cabe salientar que estes dados relacionados à inflação da Páscoa fazem parte de um levantamento realizado todos os anos pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Veja como driblar os preços altos
Os consumidores podem seguir algumas dicas para driblar os preços altos na Páscoa. Em relação ao chocolate, uma das principais recomendações é evitar itens com personagens. Como as crianças e jovens costumam querer ovos e bombons com personagens de filmes, desenhos animados, jogos ou quadrinhos, estes itens geralmente possuem preços mais altos.
Em resumo, isso acontece porque estes personagens trazem consigo o valor do licenciamento das marcas. O resultado disso é um preço mais salgado, que acaba pesando no bolso dos consumidores.
Nas compras online, as pessoas devem ficar atentas aos sites e à forma de pagamento. Em resumo, os consumidores devem digitar o endereço da loja em que desejam realizar alguma compra. Na fase do pagamento, o indicado é utilizar um cartão virtual ou pagar através do Pix, mas a pessoa deve conferir qual empresa beneficiária aparecerá no documento.
Já nas compras presenciais, a dica é buscar itens em mais de um lugar para comparar os preços. Os especialistas afirmam que é válido tentar pechinchar para conseguir descontos. Contudo, o mais indicado é comprar o quanto antes para não deixar esse momento para o final da semana, período em que os preços devem disparar ainda mais no país.