Neste ano, os brasileiros que gostam de aproveitar a Páscoa, consumindo itens tradicionais à data, receberam uma triste notícia. Isso porque a inflação dos itens mais consumidos na celebração disparou 9,29%, em média, na comparação com 2023.
Embora tenha avançado fortemente no período, a variação ficou menor que a taxa acumulada nos 12 meses anteriores (12,0%). De toda forma, os consumidores irão gastar bem mais para comprar os itens tradicionais a Páscoa em 2024 do que o fizeram no ano passado.
Em resumo, a forte aceleração ocorreu, principalmente, devido a problemas climáticos que afetaram a produção de diversos itens no Brasil. Outros itens também ficaram mais caros no período, pressionando o rendimento da população.
Produtos da Páscoa ficam mais caros no país
Em 2024, as famílias do país terão que encontrar maneiras de driblar os preços elevados para celebrar a Páscoa no país. Aliás, confira abaixo os itens que tiveram as maiores altas acumuladas nos últimos 12 meses, entre março de 2023 e fevereiro de 2024:
- Azeite: 39,82%;
- Batata-inglesa: 31,96%;
- Tilápia: 12,39%;
- Couve mineira: 11,96%;
- Corvina: 10,97%;
- Camarão: 8,60%;
- Atum: 7,98%;
- Refrigerantes e água mineral: 6,43%.
O período pascal é marcado, principalmente, pela entrega de chocolate. As pessoas gostam de presentear familiares e amigos com bombons, caixas e ovos de chocolate, mas o sabor pode ser um pouco amargo para algumas pessoas. Isso porque bombons e chocolate estão 1,89% mais caros que em 2023.
Vale destacar que os produtos que tiveram as maiores altas no período superaram significativamente a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S). Em suma, o IPC-S se refere à inflação geral, ou seja, engloba diversos itens, não apenas os da Páscoa, e o indicador subiu 3,50% entre março de 2023 e fevereiro de 2024, quase três vezes menor que a inflação da data.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou os resultados na sexta-feira (22).
Preços devem ter forte alta nesta semana
Os consumidores do país já estão sofrendo com os preços mais elevados que em 2023. No entanto, como diz o ditado, nada está tão ruim que não possa piorar. A expectativa é que a situação fique ainda mais complicada para os brasileiros que querem celebrar a Páscoa em 2024.
Em síntese, especialistas alertam a população sobre os altos preços praticados na Semana da Páscoa. Como a demanda cresce expressivamente nos dias que antecedem a data, o valor dos produtos também tende a subir, e de maneira expressiva.
A saber, os consumidores precisam pesquisar antes de comprar. Isso porque, nos próximos dias, muitos comerciantes podem aproveitar para elevar os preços de diversos produtos por causa da alta procura, e o consumidor pode sair prejudicado nas compras.
Cabe salientar que a pesquisa não mostra a elevação dos itens de Páscoa que o consumidor vai encontrar nesta semana. Na verdade, a medição se refere aos preços dessa cesta específica, mas em relação aos últimos 12 meses, até março deste ano.
Em outras palavras, os aumentos registrados nos preços de diversos itens tradicionais até fevereiro podem subir ainda mais nos próximos dias por causa da pressão sazonal da demanda às vésperas da Páscoa.
Especialistas explicam que a melhor maneira de encontrar preços mais acessíveis é pesquisando. Antes de ir às compras, é importante fazer uma consulta sobre os valores dos produtos e das marcas. Assim, o consumidor terá uma ideia de quanto está custando, em média, o item desejado, e pode escolher o mais barato.
Veja os itens que ficaram mais baratos em 2024
O coordenador dos Índices de Preços do FGV IBRE, André Braz, ressaltou que, apesar da tendência de alta dos preços em relação ao ano anterior, houve uma redução nos valores de produtos fundamentais para o almoço de Páscoa.
Os únicos produtos da cesta da Páscoa que ficaram mais baratos nos últimos 12 meses foram:
- Salmão: -8,93%;
- Sardinha em conserva: -5,19%;
- Sardinha: -5,10%;
- Merluza: -4,79%;
- Cebola: -2,54%;
- Bacalhau: -2,27%.
Embora estes produtos tenham ficado mais baratos entre março de 2023 e fevereiro de 2024, isso não é garantia de que os preços vão se manter nestes patamares nos próximos dias. Na verdade, a expectativa é que os valores subam significativamente em todo o país.
Por fim, vale destacar que os peixes prevaleceram entre os recuos, mas isso não deverá continuar até à Páscoa. Como este itens são muito procurados pelos brasileiros, seus valores deverão subir fortemente nesta semana no país.