Notícias sobre os preços dos combustíveis sempre ganham destaque nos noticiários do país. Os brasileiros costumam ficar atentos a essas informações, porque estes itens exercem grande influência na renda de milhões de pessoas. Aliás, até mesmo quem não possui carro pode sofrer com o encarecimento dos combustíveis.
Em fevereiro, o Brasil elevou a alíquota do ICMS cobrado sobre a gasolina e o diesel, encarecendo os valores destes itens no país. Os avanços não foram muito intensos, mas os preços seguem bem mais altos do que a população gostaria.
No geral, os motoristas costumam buscar informações sobre os combustíveis, algo que não acontece com frequência por quem não possui veículo. Entretanto, o encarecimento deste itens não afeta apenas as pessoas que têm carro. Na verdade, o aumento dos preços dos combustíveis impacta diversos setores econômicos do país.
Aumento nos preços dos combustíveis afetam diversas áreas
Em resumo, as pessoas que utilizam transporte público sentem no bolso o encarecimento deste itens. Como os veículos utilizam combustíveis para se locomoverem, as empresas do setor tendem a aumentar as tarifas para cobrir os gastos extras com a gasolina ou o diesel.
Na agricultura, acontece a mesma coisa. A maioria dos veículos agrícolas também utiliza combustíveis fósseis para operar. Dessa forma, o aumento no preço dos combustíveis pode elevar os custos de produção dos agricultores, resultando na alta dos preços dos alimentos, que afeta toda a população.
Além disso, muitas empresas da indústria dependem de transporte rodoviário para movimentar seus produtos. Assim, o encarecimento dos combustíveis também pode provocar o aumento dos custos com transporte, impulsionando os valores finais dos produtos, pagos pelos consumidores do país.
Por falar nisso, a logística também sofre impacto direto dos preços dos combustíveis, e isso pode elevar o custo de transporte de mercadorias, encarecendo o preço de diversos produtos para os brasileiros.
Tudo isso mostra que os combustíveis exercem um forte impacto na inflação do Brasil. Quanto mais caros estiverem os combustíveis, mais alta tende a ficar a taxa inflacionária, uma vez que estes itens influenciam vários outros produtos e serviços que os utilizam direta ou indiretamente.
Combustíveis já provocaram greve no Brasil
Como os combustíveis afetam várias atividades econômicas, desde o transporte de insumos até a produção de máquinas industriais, a população sempre deve ficar preparada para eventuais encarecimentos destes itens.
Vale destacar que o frete também tende a subir para o consumidor final quando os combustíveis ficam mais caros. Isso quer dizer que algumas atividades que, teoricamente, não precisam dos combustíveis, acabam elevando os preços dos seus produtos e serviços, como vestuário e alimentação, devido ao frete mais caro.
Para entender a importância dos combustíveis na economia brasileira, basta lembrar da greve de caminhoneiros em 2018. À época, os trabalhadores cruzaram os braços devido aos altos preços dos combustíveis, paralisando a economia do país.
Isso gerou diversos impactos para a população, como:
- Falta de abastecimento em várias regiões do país;
- Cancelamento de voos por falta de combustíveis;
- Suspensão de aulas em escolas e faculdades;
- Paralisação de produção em fábricas;
- Redução na frota de ônibus do transporte público;
- Suspensão de procedimentos em hospitais.
Desde então, não houve greve da mesma magnitude no país. Aquela ocasião mostrou a força dos caminhoneiros e sua importância para o funcionamento de diversas atividades do país. Por isso, o governo federal sempre tenta manter o diálogo com esta classe de trabalhadores, evitando que uma nova greve aconteça.
Gasolina e diesel ficaram mais baratos no país
Na semana passada, os preços da gasolina e do diesel ficaram levemente mais baratos no país. Enquanto o valor médio nacional da gasolina teve uma redução de um centavo, para R$ 5,73, o diesel registrou uma queda de três centavos, para R$ 5,92.
Por sua vez, o preço médio nacional do etanol ficou estável nas bombas do país pela quarta semana consecutiva. Cabe salientar que o etanol costuma acompanhar as variações da gasolina, pois não há regulação dos preços do biocombustível no país, e as variações são definidas pela razão entre oferta e procura, principalmente em relação à gasolina. Isso acontece porque os combustíveis são concorrente nas bombas.
Os dados fazem parte do levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A saber, a entidade coleta os preços dos combustíveis em milhares de postos do país desde 2004, divulgando semanalmente as suas variações em todos os estados do país.