O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta semana que o Brasil criou 180,4 mil vagas de emprego formal em janeiro deste ano. O resultado mostra que o país registrou uma quantidade bem maior de admissões do que de demissões no primeiro mês de 2024.
Os dados foram bastante positivos, já que a quantidade de vagas formais de emprego geradas no país cresceram fortemente em relação aos números observados em janeiro de 2023, quando o Brasil criou 90 mil empregos formais.
Em síntese, o governo Lula enfrentou desafios no ano passado em relação à geração de emprego, registrando resultados inferiores aos observados em 2022. Entretanto, os últimos meses de 2023 apresentaram dados mais fortes que os do mesmo período do ano anterior.
Estes números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A saber, não é mais adequado fazer comparações com os dados referentes a anos anteriores a 2020, pois o governo federal do ex-presidente Jair Bolsonaro modificou a metodologia do levantamento.
Contratações totalizam 2,07 milhões em janeiro
De acordo com os dados do Caged, o mercado de trabalho brasileiro teve os seguintes números em janeiro deste ano:
- Contratações: 2,07 milhões;
- Demissões: 1,89 milhão.
Com o acréscimo do resultado de janeiro, o Brasil passou a registrar um saldo de 45,7 milhões de empregos com carteira assinada.
“Creio que tem um patamar importante de largada na economia neste ano. Vamos olhar fevereiro, mas creio que fevereiro também virá com números importantes. Tenho certeza que será um bom ano para a economia, para os empregos e salários“, disse o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Veja os números de vagas de emprego criadas
O levantamento do Ministério também mostrou que o setor de serviços se destacou na criação de empregos formais no Brasil em janeiro de 2024, algo que acontece em praticamente todos os meses.
Veja abaixo quantas vagas foram criadas em cada setor pesquisado:
- Serviços: 80.587 postos de trabalho;
- Indústria: 67.029 postos de trabalho;
- Construção: 49.091 postos de trabalho;
- Agropecuária: 21.900 postos de trabalho;
- Comércio: -38.212 postos de trabalho.
Em resumo, o setor de serviços liderou a criação de empregos no país em janeiro, já que o setor é considerado o grande empregador do país.
Vale destacar que, na comparação com dezembro de 2023, o setor de comércio registrou o fechamento de mais de 38 mil vagas de emprego no país. Esse resultado já era esperado, porque dezembro costuma registrar um elevado número de postos de trabalho gerados devido às festividades do final de ano.
Em síntese, boa parte das vagas criadas no país em dezembro é temporária. Por isso, o resultado de janeiro para o comércio costuma ser bastante negativo, refletindo o encerramento da ligação do colaborador temporário com a empresa.
Sul lidera ranking nacional de vagas criadas
O Ministério do Trabalho também revelou dados sobre as regiões brasileiras. No primeiro mês de 2024, houve a abertura de vagas em todas as regiões do país. Veja os dados de cada uma delas:
- Sul: 67.218 vagas de emprego;
- Sudeste: 57.243 vagas de emprego;
- Centro-Oeste: 40.026 vagas de emprego.
- Nordeste: 11.606 vagas de emprego;
- Norte: 4.296 vagas de emprego;
Os dados mostram que a região Sul liderou o ranking nacional em dezembro, algo raro de acontecer. Isso porque, geralmente, o Sudeste ocupa essa posição, uma vez que possui a maior população do país. A propósito, o Sul respondeu por cerca de 37,3% do total de vagas criadas no país em janeiro.
Por sua vez, a região Sudeste teve um desempenho mais modesto que o habitual, caindo para o segundo lugar no ranking. A região concentrou 31,7%, ou seja, quase sete em cada dez vagas de emprego criadas em janeiro foram geradas no Sul ou no Sudeste.
Por sua vez, os números da região Centro-Oeste também se destacaram em janeiro, fortalecidos, principalmente, pela agropecuária. A região respondeu por 22,2% dos postos de trabalho no mês
Os números mais fracos foram observados no Nordeste e no Norte. Somadas, as regiões concentraram apenas 8,8% das vagas de emprego criadas em janeiro, evidenciando o fraco desempenho nas regiões.
Por fim, vale ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, não incluindo os trabalhadores informais do país. Portanto, os dados não são comparáveis às informações levantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD).