O uso do Pix cresce de maneira significativa no Brasil. Nesta sexta-feira (8), o Banco Central (BC) informou que o sistema de pagamento instantâneo bateu um novo recorde no país, informação que mostra a sua importância para a população brasileira.
De acordo com o BC, houve 178,686 milhões de transferências via Pix na última quarta-feira (6). Esse é o maior montante de transações realizadas em um único dia pelo sistema de pagamentos e sinaliza a força da ferramenta, que caiu na graça da população em pouco tempo de existência.
A propósito, o recorde anterior foi registrado no dia 20 de dezembro de 2023, quando foram realizadas 178,091 milhões de transações por Pix no Brasil. Isso mostra que houve quase 600 mil transações a mais na última quarta-feira, e esse resultado impulsionou os números para um patamar nunca antes alcançado pelo sistema.
Veja os dados das transações via Pix
O BC revelou que os números do sistema de pagamento instantâneo estão crescendo de maneira expressiva no Brasil graças à adesão da população. O Pix caiu na graça dos brasileiros, que o utilizam cada vez mais devido à praticidade do sistema.
“Os números são mais uma demonstração da forte adesão de pessoas e empresas ao Pix, meio de pagamento lançado pelo BC em novembro de 2020“, afirmou o BC, em nota.
A cada dia que se passa, mais pessoas cadastram chaves Pix, aumentando a quantidade de usuários no sistema. Aliás, até fevereiro deste ano, havia 160,8 milhões de usuários, entre pessoas físicas e jurídicas, com, no mínimo, uma chave cadastrada.
BC vai lançar nova modalidade
Você já ouviu falar em Pix Automático? O lançamento da nova modalidade do sistema de pagamentos instantâneos deverá ocorrer em alguns meses, e vários brasileiros estão ansiosos pela chegada de mais uma funcionalidade no país.
De acordo com o BC, a nova modalidade do sistema, o Pix Automático, funcionará como uma versão do débito automático, de maneira mais aprimorada. Este serviço vai permitir aos usuários o pagamento de despesas recorrentes, como:
- Contas de luz, água e telefone;
- Escolas e faculdades;
- Academias e condomínio;
- Dívidas parceladas a longo prazo.
A saber, o funcionamento do Pix Automático ocorrerá através do convênio entre a prestadora de serviços e os bancos.
Atualmente, poucos bancos oferecem essa modalidade. Na verdade, o débito automático depende de convênios bilaterais com as instituições. Isso provoca muitas dificuldades para a população, visto que há muita complexidade operacional, sem contar nos custos elevados.
Tudo isso restringe o serviço a grandes empresas. Por sua vez, a população em geral não tem acesso ao serviço, mas sim as prestadoras de serviços públicos, em sua maioria. Portanto, a expectativa do BC é que o Pix Automático impacte de maneira significativa a concorrência.
Com a entrada em funcionamento da nova função, as empresas de qualquer segmento e porte poderão acessar a funcionalidade. Assim, a abrangência do serviço crescerá, permitindo o débito de consumo de vários serviços, como energia elétrica, gás, streaming, escolas, condomínios e academias.
Transações via Pix bateram recorde em 2023
De acordo com o Banco Central (BC), as transferências de recursos e os pagamentos feitos através do PIX somaram R$ 17,18 trilhões em 2023. Esse número é recorde para o sistema, que está em vigor no país há pouco mais de três anos.
Confira o número de movimentações via PIX nos últimos anos:
- 2021: R$ 5,21 trilhões;
- 2022: R$ 10,89 trilhões;
- 2023: R$ 17,18 trilhões.
O BC ressaltou que as transações através do sistema cresceram 57,8% na comparação com 2022. Já em relação a 2021, o número mais que triplicou, sinalizando o crescimento explosivo do sistema de pagamentos instantâneos no país.
Quando o BC lançou o Pix em 2020, tinha como objetivo aumentar a digitalização das transações financeiras no país. Além disso, o sistema também visava ampliar o número de pessoas com contas bancárias, ou de pagamentos, até porque todos podem cadastrar chaves e começar a utilizar o sistema.
“Um direcionador comum a todas as ações envolvendo o Pix é a democratização do acesso de toda a população brasileira a meios de pagamentos digitais. Para que esse propósito seja atingido, é necessário garantir que o uso do Pix seja acessível a todos os cidadãos, inclusive aos que possuem necessidades específicas, como pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida“, avaliou o Banco Central em 2023.