O rendimento médio real de todos os trabalhos chegou a R$ 3.078 no trimestre encerrado em janeiro deste ano. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,2 vezes mais que o salário mínimo vigente no país à época, de R$ 1.412.
Em suma, o valor do rendimento cresceu 1,6% em relação ao trimestre móvel anterior, quando os trabalhadores do país recebiam, em média, R$ 3.029 no período. Significa que os trabalhadores passaram a ganhar R$ 49 a mais em 12 meses, resultado que reflete a melhora do rendimento no país, para alegria dos trabalhadores.
Já em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2023, o valor cresceu ainda mais (3,8%), visto que os trabalhadores do país recebiam, em média, R$ 2.965 no período. Em outras palavras, os trabalhadores passaram a ganhar R$ 113 a mais em 12 meses, resultado que reflete a melhora do rendimento dos trabalhadores no país.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na semana.
Veja o rendimento entre as posições
A PNAD Contínua mostrou que, entre as posições na ocupação, o rendimento se manteve estável em três categorias. Já nas três categorias restantes, o rendimento cresceu em relação ao trimestre móvel anterior. Confira quais registraram aumento no período:
- Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (3,6%, ou mais R$ 165);
- Empregado sem carteira de trabalho assinada (5,4%, ou mais R$ 110);
- Trabalhador doméstico (2,5%, ou mais R$ 28).
Já em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2023, a renda cresceu em quase todas as posições, elevando o poder de compra dos trabalhadores. Confira abaixo as posições cujo rendimento cresceu em um ano:
- Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (4,0%, ou mais R$ 180);
- Empregado sem carteira de trabalho assinada (8,5%, ou mais R$ 169);
- Trabalhador por conta própria (4,2%, ou mais R$ 99);
- Empregado com carteira de trabalho assinada (3,5%, ou mais R$ 83);
- Trabalhador doméstico (2,8%, ou mais R$ 32).
A única exceção foi a categoria empregador, cujo rendimento não apresentou variação significativa em relação ao ano passado.
Massa de rendimento bate recorde no trimestre
Além do crescimento observado no rendimento dos trabalhadores, a massa de rendimento também conseguiu avançar no trimestre. Em suma, esse resultado é bastante positivo para os trabalhadores do país, e isso aconteceu graças à melhora do mercado de trabalho brasileiro.
De acordo com o IBGE, a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 305,1 bilhões. Em resumo, esse valor bateu um novo recorde da série histórica, visto que o IBGE nunca havia registrado um montante tão elevado assim.
Na comparação com o trimestre móvel anterior, a massa de rendimento cresceu 2,1% (R$ 298,8 bilhões), acréscimo de R$ 6,3 bilhões. Da mesma forma, a massa cresceu em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2023 (R$ 287,7 bilhões), mas o aumento foi ainda maior, de 6,0% (ou R$ 17,4 bilhões).
Rendimento cresce em 2 setores no trimestre
O levantamento também revelou que apenas dois dos dez grupamentos pesquisados fecharam o trimestre móvel registrando aumento no rendimento dos trabalhadores.
Em síntese, isso aconteceu apenas com administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou mais R$ 94) e serviços domésticos (2,5%, ou mais R$ 28). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
De acordo com o IBGE, os oito grupamentos restantes não tiveram variações significativas em relação ao trimestre anterior. A propósito, os grupamentos são:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;
- Alojamento e alimentação;
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas;
- Construção;
- Indústria geral;
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
- Outros serviços;
- Serviços domésticos;
- Transportes, armazenagem e correio.
Renda dos trabalhadores cresce no ano
Embora o resultado trimestral tenha apresentado variações bem tímidas, com apenas dois grupamentos registrando aumento da renda dos trabalhadores, o resultado anual foi bem mais positivo para os profissionais.
Segundo o IBGE, a renda cresceu em cinco dos dez grupos pesquisados. Confira abaixo quais foram:
- Indústria geral (5,3%, ou mais R$ 152);
- Transportes, armazenagem e correio (5,0%, ou mais R$ 140);
- Administração pública, defesa, seguridade social e afins (3,2%, ou mais R$ 133);
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,2%, ou mais R$ 125);
- Serviços domésticos (2,8%, ou mais R$ 32).
Os demais grupamentos não tiveram variações significativas em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2023. Isso quer dizer que os trabalhadores não receberam mais que há um ano, mas também não tiveram redução em seu rendimento.