A população brasileira sofreu com os preços elevados de produtos e serviços no país, que encareceram as compras nos supermercados. Isso aconteceu, principalmente, por causa dos alimentos, que ficaram mais caros no primeiro mês de 2024. Por isso, muita gente se desdobrou para conseguir realizar as compras do mês.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,42% em janeiro, desacelerando em relação ao mês anterior (0,56%). No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador chegou a 4,51% no país.
Em resumo, o IPCA tem como objetivo “medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos“, informa o IBGE.
A saber, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil. Em outras palavras, a variação registrada pelo indicador reflete a situação atual do país, indicando se a população está aproveitando preços mais acessíveis ou se está sofrendo com o encarecimento dos produtos e serviços.
Compras de alimentos ficam mais caras em janeiro
Em suma, o destaque do primeiro mês de 2024 foi o grupo alimentação e bebidas, cujos preços subiram 1,38%, acelerando em relação a dezembro (1,11%). Com isso, o grupo exerceu um impacto de 0,29 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês passado, respondendo por 69% da alta da inflação no período.
Veja as altas mais importantes registradas em novembro entre os alimentos:
- Cenoura (43,85%);
- Batata-inglesa (29,45%);
- Feijão-carioca (9,70%);
- Arroz (6,39%);
- Frutas (5,07%).
“O resultado de janeiro tem, assim como em dezembro, o grupo alimentação e bebidas como principal impacto. O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país“, explicou o gerente da pesquisa, André Almeida.
Cabe salientar que a alta nos preços do grupo alimentação e bebidas (1,38%) é a mais elevada para meses de janeiro desde 2016 (2,28%).
Veja algumas dicas para economizar nas compras
Diante desse cenário desafiador, as famílias do país estão precisando encontrar meios de superar os aumentos mensais dos preços de bens e serviços. Por isso, nada melhor do que seguir algumas dicas, que podem até parecer simples, mas são bastante eficazes para economizar nas feiras do supermercado.
1- Aproveite as promoções
Muita gente costuma receber seus salários no início do mês, período em que os supermercados ficam cheios. Como a demanda é grande nesses dias, os estabelecimentos costumam elevar os preços no período.
Contudo, nos últimos dias dos meses, fazem exatamente o contrário devido à baixa procura, promovendo promoções. Por isso, você pode guardar dinheiro para comprar nesses dias ou ficar ligado em promoções, que, mesmo sendo mais comuns no final dos meses, geralmente acontecem no decorrer de cada mês.
2- Faça compras mensais
Segundo especialistas, os consumidores devem preferir fazer compras mensais, em vez de semanais. Assim, evitam a desvalorização do dinheiro devido às altas dos preços nos supermercados.
Vale destacar que o consumidor deve procurar preços mais baratos. Ao encontrá-los, poderá comprar mais itens, caso não sejam perecíveis, estocando-os e reduzindo a compra do mês seguinte, que provavelmente terá itens ainda mais caros.
3- Opte por preços em vez de marcas
Há muita gente que sempre escolhe as mesmas marcas, pois as acham melhores. No entanto, os consumidores podem começar a focar no preço em vez da marca. Dessa forma, poderão conseguir economizar e adquirir ainda mais itens na feira.
Essa regra não é absoluta, pois o custo-benefício pode ser melhor com o produto mais caro. Nesse caso, resta ao consumidor analisar com cuidado qual opção pode realmente proporcionar um custo menor. Em outras palavras, não vale a pena comprar algo mais barato que tem uma qualidade bem inferior ou chega ao fim mais rapidamente. No fim, o custo será ainda maior que as marcas mais caras.
4- Anote todas as suas despesas
Por fim, a dica mais importante de todas é anotar todas as despesas. Em suma, o consumidor deve registrar tudo o que gasta e tudo o que tem, do valor mais alto ao menor. Com isso, poderá controlar os gastos, entendendo a renda que possui e o quanto poderá gastar sem afetar a renda da família.